Na última quarta-feira (24), o Brasil superou a marca de 250 mil mortes por Covid-19 e no momento em que ultrapassa esse índice trágico, a pandemia mostra seu lado mais violento em vários cantos do país. Entre os 27 estados, em sete o pico de mortes por Covid-19 em 2021 já superou o ponto mais alto da pandemia em 2020, segundo levantamento feito pala Folhapress. São eles: Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Amazonas. A semana mais letal deste ano soma mais mortes que a pior do ano passado.

Além da situação dramática nessas sete unidades federativas, em quase todos os estados o número de mortes voltou a crescer após um período de queda. Especialistas divergem se o Brasil passa atualmente por uma segunda onda da pandemia ou se trata de um repique da primeira. Seja o que for, o país segue falhando no combate ao coronavírus.

Em Londrina, a situação também é dramática. Nesta quinta-feira (25), o HU (Hospital Universitário) fez coro à Promotoria de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos, à Saúde e à Saúde do Trabalhador, e da Habitação e Urbanismo da Comarca de Londrina para que a cidade aplique restrições mais rigorosas para o enfrentamento do coronavírus.

O MP entrou com recurso junto ao Tribunal de Justiça do Paraná, com pedido de tutela antecipada, para que voltem a ser aplicadas restrições de funcionamento em bares e restaurantes por conta do avanço da ocupação de leitos de Covid-19 no município.

No HU, a taxa de ocupação dos leitos para tratamento do coronavírus há dias vem superando 100%. Tanto que o pronto-socorro do hospital ficou fechado por 24 horas de quarta para quinta-feira.

No documento enviado à prefeitura, a direção do HU reconhece que o lockdown é uma alternativa "difícil de ser implantada pela condição social e econômica da região de Londrina, cuja compreensão e adesão da sociedade são complicadas. Porém, faz-se necessário que sejam tomadas medidas que tenham foco de evitar as aglomerações e proliferação do vírus".

Próximo de completar um ano do primeiro caso da doença em Londrina, é preciso que se pense alternativas de sensibilizar o cidadão a se comprometer com as medidas de proteção ao coronavírus, como fazer o distanciamento social, evitar aglomerações e usar corretamente as máscaras de proteção.

Se não acontecer esse comprometimento pela conscientização, que seja pela aplicação de multas para quem desobedecer. Sem a adesão da sociedade ao enfrentamento a um inimigo tão poderoso, continuaremos a ver os casos se agravarem e o número alto de óbitos.

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