Um guia sobre onde, como e por que o consumidor escolhe comprar
Estudo traça padrões de compra, preferências de canais e hábitos de consumo dos londrinenses
PUBLICAÇÃO
sábado, 14 de junho de 2025
Estudo traça padrões de compra, preferências de canais e hábitos de consumo dos londrinenses
Adriana de Cunto
Uma pesquisa apresentada pela Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) e pelo Sebrae com base em dados coletados junto a 400 consumidores entre os dias 7 e 28 de abril revela um rico mapa do consumo no município. O estudo traça padrões de compra, preferências de canais e hábitos que devem ser considerados com atenção por empreendedores e gestores do varejo.
Um dos principais valores do levantamento está em iluminar aspectos que muitas vezes permanecem relegados ao campo da suposição. A predominância de consumidores com perfis bem definidos — majoritariamente mulheres, da geração Y e X, com filhos, animais de estimação e renda média entre R$ 3.036 e R$ 5.313 —, combinada com o detalhamento por região geográfica, oferece uma grande oportunidade para orientar estratégias de negócio.
A constatação de que 93% dos consumidores ainda frequentam lojas físicas, ao mesmo tempo em que cresce a presença da compra digital entre os mais jovens, reforça a importância de uma atuação multicanal.
Outro dado interessante do estudo, elaborado pela Litz Estratégia e Marketing, é que produtos de farmácia, vestuário e calçados ainda têm muita força no atendimento físico, enquanto o “fast food” é forte no digital.
O estudo levantou, também, o comportamento dos moradores das cinco regiões geográficas de Londrina – norte, sul, leste, oeste e centro – e constatou que, embora o consumo no próprio bairro seja forte, compradores também migram para a área central.
Enquanto determinadas regiões, como a zona norte, demonstram forte fidelidade ao comércio local, outras, como a zona sul, mostram tendência maior à mobilidade em busca de opções de compra. Tais diferenças indicam que entender a dinâmica regional é essencial para que ações de marketing, posicionamento e atendimento sejam realmente eficazes.
Há também indicativos claros de mudança cultural no consumo: cresce o interesse por saúde, bem-estar, causas éticas e por estabelecimentos “pet friendly”, refletindo uma sociedade mais conectada a valores contemporâneos.
O estudo é tema de reportagem deste fim de semana (14 e 15) na FOLHA. A pesquisa entrega uma ferramenta poderosa, mas exige reflexão e ação do setor varejista. Como bem pontuaram representantes da Acil e do Sebrae, não basta ter acesso à informação, é preciso traduzi-la em decisões estratégicas, linguagens ajustadas, canais de venda e modelos de atendimento de acordo com à nova realidade.
Obrigado por ler a FOLHA!

