Durante os mais de 12 meses que as escolas permaneceram fechadas para os alunos por conta das medidas de restrição contra a Covid-19, a tecnologia foi de vital importância para que os estudantes pudessem continuar os estudos por meio de computadores, celulares ou tablets.

Pela primeira vez na história, a tecnologia assumiu um lugar de protagonismo no sistema de ensino brasileiro. Agora, o sistema que nasceu de uma emergência deverá ser otimizado para o uso no dia a dia dos alunos. No mais recente ciclo das Rodadas de Conteúdo do Grupo Folha, realizado na última quarta-feira (13), e que teve cobertura especial publicada na edição deste fim de semana, especialistas na área defendem que a tecnologia não deve se resumir apenas como uma ponte para aulas a distância.

Isso porque as potencialidades das ferramentas digitais na educação são infinitas. A chegada da tecnologia 5G ao Brasil promete revolucionar o modo como interagimos com as máquinas. Cada vez mais, a linha que divide o mundo analógico e o digital tende a ficar mais tênue. E a introdução a este novo mundo deve começar já nas escolas.

É muito importante que a rede pública de ensino contemple as ferramentas digitais em sua base curricular, uma vez que, nos próximos anos, o domínio das tecnologias será fundamental para o acesso ao mercado de trabalho, garantindo assim igualdade de oportunidades para estudantes de diferentes classes sociais.

O Governo do Paraná iniciou recentemente a distribuição de kits de robótica que serão usados nas aulas dos três anos do ensino médio. Apesar de ainda estar em fase incipiente, é um passo importante para fortalecer a capacitação profissional dos jovens. Uma medida louvável, desde que o currículo não abra mão de disciplinas importantes para a formação de senso crítico do indivíduo.

O fato é que os conceitos de educação e inovação passam a ser indissociáveis neste milênio. Para isso, além de fortalecer as políticas públicas em educação, os governos devem também priorizar os investimentos em ciência, pesquisa e tecnologia. Na contramão deste pensamento, o presidente Jair Bolsonaro sancionou, na sexta-feira (15), lei que reduz R$ 690 milhões do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Com o corte, a pasta perdeu cerca de 90% do seu orçamento.

Praticamente todas as experiências bem sucedidas de países que se tornaram potenciais mundiais nos últimos anos, como a Coreia do Sul, por exemplo, passam por priorizar educação e ciência. As estratégias de desenvolvimento, principalmente as de longo prazo, mostram que esta rota que o país segue deve ser recalculada com urgência. Fomentar a cultura de inovação é uma das bandeiras da Folha de Londrina

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