Condição básica de uma convivência harmoniosa, justa e próspera é a existência e incorporação de direitos e deveres por parte de todos os cidadãos pertencentes a uma entidade, associação e, principalmente, uma nação. Temos visto uma forte demanda por parte de minorias, empresários, classes profissionais e outros apenas clamando por seus direitos. Essa é uma conta que não vai fechar nunca, se não houver a incorporação também forte da palavra "deveres". Antes de qualquer reivindicação, precisamos perguntar primeiro o que podemos realizar, sem a ajuda de ninguém, para a melhoria de nossos integrantes. Muitos são especialistas em cobrar. Temos exemplo de países desenvolvidos, como o Japão, em que seus cidadãos levam muito a sério seus deveres. Os partidos políticos no Brasil são um grande exemplo dessa distorção. O partido, em cujo governo, protagonizou a maior corrupção, devidamente comprovada com retorno de mais de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, é o maior acusador de corrupção do atual governo sobre um contrato de vacinas que nem se concretizou. Não que o assunto não tenha que ser investigado e esclarecido e muito menos que o atual governo não seja culpado, mas acusado por quem? A polarização é benéfica para a democracia, mas com bom senso, onde os deveres venham antes dos direitos, e quem sabe no futuro possamos trilhar caminhos mais justos e possamos ter muito orgulho em dizer com o peito cheio. "Sou Brasileiro". Do jeito que está, estamos mais para o salve-se quem puder ou a melhor saída para o Brasil é o Aeroporto de Guarulhos.

José Cezar Vidotti (economista) - Londrina

Voto impresso

Como cidadão brasileiro, queria deixar uma sugestão para aumentar a segurança quanto à lisura nas apurações das urnas eletrônicas. O maior problema não é o da eficácia e desempenho das urnas. Elas são como uma calculadora, registram sim o que se aperta no botão. A dúvida, pelo que posso depreender das insinuações, é o que é feito após com a manipulação dos dados colhidos na urnas. Por que não se copiar, ao fechamento de cada urna, todos os dados em pen drives, tantos quantos sejam necessários, na presença de representantes de partidos políticos, e que ( hoje se faz isso com a maior rapidez e a custo zero) cada partido faça sua apuração e os compare com os dos outros partidos. Havendo divergência de resultados, vai-se direto ao foco e verifica-se o ocorrido. Isso de pegar e juntar todos os dados e encaminhar para um único ponto, numa central em Brasília, e meia dúzia ali ter acesso é coisa de “ Chapeuzinho Vermelho”.

José Roberto Brunassi (advogado) - Londrina