Considerado um dos principais termômetros da economia brasileira, o mercado imobiliário está gerando expectativas positivas entre investidores e entre a população em geral. O reflexo desse cenário positivo começa a animar o cidadão e duas reportagens da edição desta segunda-feira, da FOLHA, comprovam que as pessoas estão mais confiantes.

A primeira é o resultado da pesquisa Datafolha, mostrando que parte da população voltou a ter uma expectativa positiva em relação à economia e com isso a perda de popularidade do governo do presidente Jair Bolsonaro, registrada nos últimos meses, parou de crescer. A taxa de aprovação da sua administração passou de 29% para 30% na primeira semana de dezembro, enquanto a de reprovação, que passou de 30% para 38% nos primeiros oito meses após a posse, ficou agora em 36%, ambos dentro da margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Na segunda reportagem, a FOLHA traz informações sobre um estudo encomendado pelo Sebrae a respeito da oferta e da demanda imobiliária em Londrina, revelando que a demanda domiciliar na cidade pode chegar a 32,1 mil domicílios até 2024. O número representa um crescimento de 15% sobre a quantidade registrada em 2018, que era de 201.150 domicílios. O índice de crescimento domiciliar é de 2,5% ao ano, com uma média de 5,4 mil domicílios.

Na opinião de um dos responsáveis pela pesquisa, Fábio Tadeu Araújo, o ano de 2020 tem tudo para ser o melhor da última década. Segundo ele, um dos fatores que corroboram com essa expectativa é a taxa de juros e a recuperação econômica, pois a queda da taxa de juros reduz o valor da parcela e amplia o público potencial capaz de comprar o imóvel. Além disso, a recuperação econômica tende a diminuir o desemprego e aumentar a renda.

Para ele, a forte redução do estoque de imóveis à venda na cidade também traz otimismo, uma vez que abre oportunidade para novos lançamentos. A pesquisa mostrou que o estoque de imóveis à venda em Londrina é de cerca de 2.250 unidades residenciais e 200 salas comerciais.

Um segmento com baixa oferta e grande oportunidade para a Construção Civil é o de imóveis na faixa de R$ 190 mil a R$ 700 mil, chamadas de standard e média, que estão imediatamente acima das faixas de preço dos imóveis do Minha Cada Minha Vida. Para imóveis destinados à população de baixa renda, o setor aguarda liberação de linhas de crédito, o que depende de uma mudança de visão da política habitacional por parte do governo federal. Lembrando que estamos falando de uma área bastante dependente da política econômica para habitação.

Esse crescimento de 15% até 2024 sobre a quantidade de domicílios registrada em 2018 é bastante significativo levando em consideração que fechará o ciclo de 10 anos da pior recessão econômica já registrada no Brasil. Foi em 2014 que o País mergulhou nessa crise sem precedentes.

É claro que mesmo que os sinais apontem que a crise está perto do fim, ainda não será uma saída tão rápida como esperamos. Mas pelo menos a luz no fim do túnel começa a ficar mais brilhante.

Obrigado por ler a FOLHA!