Em uma rápida passada pela página on-line do Inca (Instituto Nacional de Câncer) é possível encontrar artigos que tratam dos motivos que levam as pessoas a fumarem. Mas há um dado preocupante: a maioria dos fumantes torna-se dependente da nicotina antes dos 19 anos de idade.

A publicidade que relaciona o ato de fumar com sucesso, beleza, independência, liberdade e status de riqueza foi no passado, pelo menos no Brasil, de uma boa forma de levar adolescentes e adultos ao vício da nicotina. No País, a publicidade de cigarros é proibida, mas a indústria tem suas estratégias de atrair consumidores.

Há algum tempo surgiu no mercado um produto com a promessa de ajudar quem desejava parar de fumar. Trata-se do cigarro eletrônico, que também é chamado de caneta a vapor, vaping, e-cigar ou e-cigarrete. Muitos veem como uma forma de minimizar o impacto do tabagismo na saúde. Mas a cada dia que passa, está o seu uso está mais polêmico, com pesquisas surgindo em vários países contestando a eficácia.

Nesta segunda-feira (16), a FOLHA traz matéria com um alerta do Inca sobre o uso dos cigarros eletrônicos. O instituto destacou o risco trazido por inúmeras substâncias tóxicas, na maioria aditivos com sabores de nicotina, que causam dependência química. Nos Estados Unidos, segundo o instituto, essa modalidade - está relacionada a pelo menos 52 mortes, 4 recentes.

Como forma de conter o problema, o Conselho de Saúde Pública do Estado de Nova York baniu, na semana passada, o uso de sabores nos cigarros eletrônicos por 90 dias. A porta-voz do departamento, Jill Montag, disse que o número de jovens que usam os aparelhos e consomem os vapores é "alarmante". Os americanos querem saber se as lesões respiratórias são causadas pelo uso excessivo nos produtos de acetato de vitamina E, composto normalmente ligado a misturas com o THC, principal substância psicoativa encontrada nas plantas do gênero cannabis (maconha).

Segundo a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), o País registrou três relatos de casos de doenças pulmonares ligados ao uso de cigarros eletrônicos.

Entre as políticas de saúde que deram certo no Brasil, o programa antitabagismo do Ministério da Saúde e de secretarias estaduais e municipais se destaca. Ele foi eficiente em mostrar os males que o cigarro causa às pessoas que fumam e as consequências também para os mais próximos. Lembrando que apagar o cigarro não é uma boa medida apenas para a saúde. Mas para o bolso de quem fuma e para os cofres públicos, pois o tratamento das doenças causadas pelo fumo tem custo para o País.

Obrigado por acompanhar a FOLHA!