Mesmo soando um tanto saudosista, me parece lamentável e preocupante o descaso de todos os segmentos da sociedade brasileira com relação à Semana da Pátria. Nenhuma ênfase na imprensa, nenhuma ênfase nas empresas, nenhuma ênfase no comércio, nenhuma ênfase nas mídias sociais e, ainda pior, nada de simbólico ou significativo nas escolas. Sei que existem correntes que tentam desqualificar a história do Brasil ou tentam reescrevê-la, mesmo sem qualquer apoio científico ou de pesquisas que justifiquem tal descrença.

De qualquer forma, fica uma pergunta que me atormenta: a quem interessa essa desistência da história ou sua desqualificação?

As grandes nações do planeta, com ou sem glamour, sustentam suas histórias com veemência e altivez. Os mais modestos sinais de cultura promovem o patriotismo como motivador social, educacional e de autoestima do seu povo. Aqui, não! Nossos bravos educadores simplesmente renegam e se abstêm de qualquer valorização da história do Brasil. Aliás, grande parte deles sonega informação ou educação aos nossos alunos de todos os níveis, já que, creio eu, ainda é obrigação da escola essa introdução. Triste nação que esconde ou denigre a própria história. Triste sociedade que tenta encabrestar seus membros com narrativas e obscurantismo puro! Não se formam cidadãos, não se forma espírito crítico, não se dá autoestima, não se engrandece um povo e muito menos se fortalece uma raça!

Mesmo diante desse quadro caótico, o 7 de Setembro é uma data importante, sim, onde, de alguma forma, nosso Brasil demonstrou estar, pelo menos, interessado em se desvencilhar do mando português. Onde alguns filhos da terra, e outros nem tanto, disseram: a partir de hoje, tentaremos ser donos do próprio destino. Agora é a hora de vestir verde e amarelo, de ouvirmos o Hino Nacional, de valorizarmos nossos símbolos, simplesmente para convencer a nós mesmos de que somos capazes, somos fortes, e somos Brasil!

Viva 7 de setembro de 1822! Viva a Independência do Brasil

Adalberto Baccarin (cirurgião dentista) - Londrina

Tempo nebuloso

A olhos vistos, estamos presenciando uma névoa em nossa região, diferente dos anos anteriores. Problemas respiratórios estão lotando os centros de saúde, trazendo insegurança para as pessoas propensas a esse mal.

Culpa de quem? Da natureza? Do clima seco? Do Bolsonaro? O bom senso nos dá uma lição importantíssima: o problema já está instalado, e quem quer que seja deve resolvê-lo ou, ao menos, atenuá-lo.

A resposta está em duas questões primordiais: monitoramento e antecipação de desastres. Para isso, o Brasil tem profissionais competentíssimos.

O que é eticamente proibido é deixar acontecer para depois tomar providências, o que, com certeza, custará mais caro do que prevenir.

A questão política jamais deve adentrar esse problema, como aconteceu no governo passado. O que precisamos é unir forças de todos para resolver a situação.

Yochiharu Outuki (engenheiro agrônomo) - Itambaracá