Saneamento básico e educação ambiental: caminhos para um futuro sustentável
"No Dia Mundial da Educação Ambiental, comemorado 26 de janeiro, celebramos uma causa fundamental para a construção de um futuro mais justo e equilibrado"
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 04 de fevereiro de 2025
"No Dia Mundial da Educação Ambiental, comemorado 26 de janeiro, celebramos uma causa fundamental para a construção de um futuro mais justo e equilibrado"
Espaço aberto de Priscila Marchini
No Dia Mundial da Educação Ambiental, comemorado 26 de janeiro, celebramos uma causa fundamental para a construção de um futuro mais justo e equilibrado. Um convite para refletirmos sobre como a relação entre as pessoas e o meio ambiente pode ser transformada por meio da conscientização e de ações concretas. Entre os temas que mais impactam essa relação está o saneamento básico, um alicerce essencial para a saúde pública, a preservação ambiental e a dignidade humana.
Quando comunidades compreendem o impacto positivo de sistemas adequados de coleta e tratamento de esgoto, elas também passam a valorizar a água como recurso finito e essencial para a vida. Algo que ainda precisamos evoluir de maneira significativa no Brasil. Segundo o Instituto Trata Brasil, 5,2 mil piscinas olímpicas de litros de esgoto sem tratamento são despejadas diariamente na natureza, impactando a fauna, a flora e a vida das futuras gerações.
A implementação de soluções de saneamento gera benefícios sociais diretos e indiretos. Em primeiro lugar, melhora os indicadores de saúde que afetam, especialmente, crianças em situação de vulnerabilidade. Por isso, a meta nacional é elevar a cobertura de esgotamento sanitário para 90% até 2033.
Nas comunidades que recebem este serviço, a qualidade de vida é visivelmente elevada. Estudos mostram que o saneamento básico está diretamente ligado à geração de empregos, à valorização imobiliária e ao fortalecimento da economia local.
Na saúde, os benefícios também são claros. Segundo dados do DATASUS, SNIS e IBGE, de 2005 a 2022, o Paraná avançou em sua taxa de cobertura dos serviços de saneamento de 40,2% para 76,3%. Neste mesmo período, a taxa de doenças de veiculação hídrica e de doenças respiratórias diminuiu de 7,862 casos a cada 1.000 habitantes para 4,616 casos. Uma redução de 41,3%.
O Dia Mundial da Educação Ambiental nos lembra que o acesso ao saneamento precisa ser acompanhado por um esforço educacional que mobilize indivíduos e comunidades. Campanhas que explicam como sistemas de esgoto protegem rios, lagos e outras fontes de água potável são fundamentais para criar uma cultura de respeito à natureza.
O investimento em educação ambiental não é apenas um complemento ao saneamento, é um catalisador para que ele alcance seu potencial máximo.
Neste Dia Mundial da Educação Ambiental, renovamos nosso compromisso com a construção de um Brasil onde o saneamento seja um direito universal e a educação ambiental, uma prioridade. Juntos, podemos garantir um futuro em que a água limpa e o respeito ao meio ambiente sejam legados para as gerações futuras.
Priscila Marchini é Head de Relações Institucionais na Ambiental Paraná, uma empresa do grupo Aegea, e atua há 13 anos na área de saneamento básico. É formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), especialização em Direito Administrativo pelo Instituto Romeu Felipe Bacellar Filho e Master of Laws (LLM) em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas.

