Se confirmadas as expectativas do novo marco regulatório do saneamento básico, aprovado esta semana pelo Senado, o país terá universalização do saneamento básico até 2033. Como no Brasil as expectativas nem sempre correspondem à realidade, a prudência manda esperar antes de contar com a realização das obras que melhorariam a vida de 105 milhões de brasileiros que hoje não contam com serviço de qualidade.

As redes de água tratada e esgoto sempre foram promessas de campanha de boa parte dos candidatos a presidente e governador. Segundo a Organização Mundial da Saúde, para cada R$ 1 investido em saneamento, gera-se uma economia de R$ 4 em gastos com saúde.

Mas o serviço é caro e como se costuma dizer por aí, não é uma obra de visibilidade e por isso nem sempre recebe atenção dos políticos após as eleições.

Espera-se que isso mude com o novo marco regulatório. A medida estimula a participação da iniciativa privada no setor com uma previsão de investimento de até R$ 700 bilhões.

O projeto de lei recebeu 65 votos favoráveis e 13 contrários. Toda a bancada do PT, com 6 senadores, votou contra a proposta. Depois de um apelo do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, os líderes partidários anunciaram a retirada dos destaques, o que possibilitou que o projeto fosse votado sem que houvesse mudanças.

Já aprovada na Câmara, a matéria seguirá para sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os três senadores do Paraná votaram para aprovar o texto.

Em entrevista à FOLHA, o deputado estadual Tercilio Turini, que compõe a base do governo na Assembleia Legislativa, disse acreditar que as novas regras não irão impactar drasticamente o Paraná e lembrou que a Sanepar é bem estruturada e já oferece um serviço de qualidade.

O saneamento básico é considerado um dos setores mais atrasados da infraestrutura. Nesse sentido, o marco regulatório pode ser uma aposta em qualidade de vida, desenvolvimento social e pode até dar um impulso nos investimento pós-pandemia de coronavírus. A economia também agradecerá.

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