Não foi surpresa a decisão do prefeito Marcelo Belinati em manter a restrição para funcionamento do comércio como parte da estratégia de prevenção do município contra o novo coronavírus. O sinal de que a medida continuaria veio na noite de quinta-feira (2), quando postou um vídeo em sua conta particular do Facebook mostrando pontos vazios da cidade que normalmente eram bem movimentados e pedindo força, fé e solidariedade.

O anúncio foi feito por Belinati na tarde desta sexta-feira (3), prorrogando o decreto municipal que fechou o comércio e a indústria de Londrina até o dia 12. A determinação inicial era válida até domingo (5). Todas as atividades que haviam sido proibidas de funcionar continuam sem permissão para atender presencialmente o público.

Na mesma oportunidade, o prefeito informou a primeira morte por covid-19 em Londrina. Um homem de 37 anos, que estava internado no Hospital do Coração, morreu ontem, sexta-feira (3). Ele deu entrada no centro médico na quinta-feira (26) e apresentava quadro de hipertensão, obesidade e pré-diabetes. Engenheiro eletricista, o homem tinha histórico de viagem a São Paulo.

Londrina tem 36 casos registrados de covid-19. Atualmente, 15 pessoas estão internadas, outras 15 se tratam em casa e há cinco curados. Seguem em investigação outros 79 suspeitos, no aguardo do resultado de exames laboratoriais.

Bastante coerente a decisão de Belinati em fechar áreas de lazer de Londrina, que estavam abertas até ontem. Não faz sentido manter fechados o comércio e escolas e permitir que as pessoas se juntem nas pistas de caminhada do Zerão, Igapó ou em praças.

Como já foi abordado em editoriais anteriores, não é uma decisão simples manter o comércio fechado e abrir a exceção somente para os serviços essenciais. A incerteza na economia e o desemprego são efeitos preocupantes desse prolongado período de restrição, mas se não conseguirmos limitar o contágio do coronavírus agora, teremos que arcar com as consequências no futuro. De um jeito ou de outro, a infecção e a recessão vão atingir toda a sociedade. A prevenção, hoje, é a medida mais acertada.

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