Chamou a atenção o relato de um jornalista correspondente de uma emissora de rádio, a BandNews, nos Estados Unidos, sobre a manifestação da quinta-feira (4) em Nova York, contra o racismo. O repórter disse que foi a prova mais cristalina que ele havia visto de liberdade de expressão.

Dizer o que pensa é um direito e também é uma responsabilidade. É bonito ver quando pessoas diferentes e de opiniões contrárias conseguem conviver e se respeitar.

A liberdade de expressão é garantida pela Constituição brasileira de 1988, no seu artigo 5º, um dos mais importantes da nossa lei maior: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.”

A garantia da liberdade de expressão está principalmente nos incisos IV e IX que tratam da livre manifestação de pensamento e da liberdade de expressão nas atividades intelectual, artística, científica e de comunicação.

No próximo domingo o brasileiro tem oportunidade de mostrar que respeita a liberdade de expressão do vizinho, mesmo que não concorde com a linha de pensamento. Como vem acontecendo há algumas semanas, manifestações têm marcado principalmente os sábados e domingos de grandes e médias cidades no país.

Nos últimos dias, ações nas redes sociais vêm sendo organizadas chamando para manifestações de grupos contrários e simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro. Tais anúncios preocupam por dois motivos. Primeiro, é preciso lembrar que estamos sob pandemia da Covid-19 e qualquer tipo de aglomeração não é recomendável. Existe também apreensão quanto a segurança, lembrando que conflitos aconteceram em alguns protestos, como o realizado recentemente em Curitiba.

Mesmo com a pandemia, é direito das pessoas se manifestarem em prol de pautas democráticas. Respeitar esse direito é fundamental e o que se espera é que os manifestantes tenham maturidade e consciência coletiva para que os protestos transcorram pacificamente e que a violência vista em algumas cidades não se repita nem em Londrina nem em outra localidade.

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