As vantagens que poderiam estar em prática são conhecidas: integração do transporte coletivo, consórcios para a construção e operação de aterros sanitários, força política para a apresentação de demandas comuns aos governos estadual e federal. No entanto, a implantação de regiões metropolitanas no interior do Estado não passa de discurso político há muito tempo.

E a concretização dos projetos não deve sair do papel pelo menos antes de 2021. É o que mostra reportagem da FOLHA publicada na edição desta segunda-feira (27). O governo estadual anunciou a abertura de licitação para contratar uma empresa que ficará responsável por elaborar estudos sobre a viabilidade dos Planos de Desenvolvimento Urbano Integrado de três dos mais importantes municípios do interior paranaense: Londrina, Maringá e Cascavel. Também está prevista a revisão do plano de Curitiba.

Esses planos são importantes porque fornecem diretrizes e oferecem orientações para ações governamentais em áreas como mobilidade urbana e regional, uso e ocupação do solo, meio ambiente, saneamento básico, destinação de resíduos sólidos, habitação, desenvolvimento social e saúde.

A previsão da equipe do Paranacidade, órgão ligado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano, é que os processos licitatórios sejam concluídos no próximo mês e que os estudos fiquem prontos até novembro.

Uma série de audiências públicas sobre o tema também está prevista. E após a elaboração do estudo, serão encaminhados à AL (Assembleia Legislativa do Paraná) para a criação das coordenações das regiões metropolitanas.

São passos ainda incipientes, mas extremamente necessários para ajudar a alavancar o desenvolvimento desses importantes centros urbanos.

Também é importante que o Poder Legislativo tome a frente nessa discussão. O assunto deve ser tema de debate na Comissão de Relações Federadas e Assuntos Metropolitanos da Assembleia Legislativa. O principal desafio é o subsídio que hoje é concedido para o transporte público na região de Curitiba e não para as demais cidades do Paraná.

É o que a população do interior espera: tratamento isonômico em relação ao dispensado à capital do Estado, uma vez que Londrina também é um centro importante e gerador de riquezas para o Paraná.