Redação do Enem debate a herança africana no Brasil
Foi muito importante levantar esse tema em um concurso nacional
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segunda-feira, 04 de novembro de 2024
Foi muito importante levantar esse tema em um concurso nacional
Folha de Londrina
A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sala de monitoramento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no domingo (3), logo após o início da prova, chamou a atenção da imprensa e da sociedade para o concurso que representa a porta de entrada para a maioria das universidades públicas do país.
A sala de monitoramento do Enem funciona no Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), em Brasília. Naquele momento, o chefe do Executivo nacional recebeu a notícia que houve um crescimento de 10% no número de inscritos confirmados.
Foram mais de 4,4 milhões de confirmações, sendo mais de 3 milhões de jovens até 20 anos, o que representa um aumento de 27% em relação a 2022. Lula também ficou surpreso ao saber que quase dez mil inscritos estão na faixa etária acima dos 60 anos
De acordo com o Inep, em 13 estados e no Distrito Federal, foram registrados 100% de inscrições dos alunos concluintes do ensino médio na rede pública. O ministro da Educação, Camilo Santana, que acompanhou o presidente, lembrou o papel do Programa Pé-de-Meia para o crescimento de número de inscritos no Enem. A iniciativa paga uma espécie de mensalidade, além de criar uma poupança aos estudantes para promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público.
Neste ano, o tema da redação do Enem tratou dos "Desafios para a valorização da herança africana”. Certamente, uma discussão bastante atual e oportuna, considerando a grande parcela da população brasileira composta por pessoas negras e a contribuição do povo africano na identidade cultural do nosso país.
Importante levantar esse tema em um concurso nacional, colocando em evidência a herança riquíssima do povo africano ao mesmo tempo em que podemos debater a desigualdades persistentes, preconceitos e violência contra os negros.
Valorizar essa herança significa dar voz às tradições, às celebrações e saberes ancestrais que compõem nossa arte, nossa música e nosso cotidiano.
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