O setor de bares e restaurantes foi um dos mais afetados pelo lockdown por conta da pandemia do novo coronavírus. Os anos de 2020 e 2021 foram complicados para empresários e trabalhadores. Em 2022, houve a retomada após o avanço da vacinação, a queda do número de casos e de mortes e a redução de medidas de circulação.

A retomada, de acordo com a Regional Londrina da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), no entanto, ainda não foi suficiente para elevar as vendas a patamares compatíveis com o ano de 2019, último antes da pandemia.

Henrico César Tamiozzo, presidente da Regional Londrina da Abrasel, explica que a entidade não fez nenhum levantamento estatístico, mas percebeu empiricamente que houve esse avanço.

Outra situação que dificultou a recuperação do setor em Londrina foi a climática. O clima chuvoso, porém, atrapalhou um pouco a movimentação no comércio de rua.

Para manter as portas abertas e a lucratividade, muitos estabelecimentos optaram por não repassar totalmente para seus menus os aumentos de custos resultantes de fatores como o aumento da folha de pagamento, tributação e de materiais. A estimativa é que entre 70% e 80% dos empresários não tenham feito esse tipo de recomposição de preço.

Publicado em 12 de dezembro, com ato publicado no Diário Oficial da União, o presidente da República, Jair Bolsonaro, autorizou Medida Provisória aumentando o valor do salário mínimo para R$1.302. Esse valor estará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2023. E vai refletir também no setor dos bares e restaurantes.

Mais uma vez, aponta Tamiozzo, o empresariado do setor deverá absorver os custos e garantir a manutenção de postos de trabalho, o que é essencial para a economia londrinense.

Principalmente em um momento em que, apesar da diferença positiva entre criação e fechamento de empregos - 746 - o patamar registrado na cidade foi o menor desde abril.

A FOLHA deseja um ótimo 2023 a seus leitores