A morte do segurança negro americano George Floyd por um policial branco, na cidade de Minnesota, detonou uma onda de revoltas que começou nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo. Protestos vêm sedo realizados nos Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Austrália e Brasil.

Floyd morreu após ficar por cerca de oito minutos com o pescoço sob o joelho do policial. A cena foi filmada por uma pessoa com um telefone celular. Outros três policiais presenciaram o crime sem intervir.

No Brasil, os protestos pelo assassinato de Flyod ganharam eco devido as recentes mortes do adolescente João Pedro Mattos, de 14 anos, em São Gonçalo (RJ), alvo de tiros dentro da própria casa, durante uma operação das polícias Civil e Federal, e do menino Miguel Otávio Santana, de cinco anos, que caiu do nono andar do prédio onde sua sua mãe trabalhava, em Recife (PE).

Em solo brasileiro, o movimento “Black Lives Matter” — “Vidas Negras Importam” - ganhou as ruas de várias cidades e dominou a discussão na internet. Outras mortes de negros nos Estados Unidos e no Brasil causaram revolta e indignação na população por um tempo. Como, então, tirar mudanças desse movimento internacional no sentido de que os protestos gerem transformações para contribuir para uma sociedade menos racista e menos desigual? Como não esquecer esses tristes episódios?

Com o objetivo de promover a reflexão sobre o racismo, a Folha de Londrina traz reportagem nesta edição do fim de semana e programou para a tarde deste sábado (13), a partir das 17 horas, uma live no canal do YouTube do jornal com um debate sobre o tema.

O brasileiro deve se indignar com o que acontece nos outros países, mas não pode fechar os olhos para as manifestações preconceituosas que acabam sendo “aceitas” como naturais pela sociedade.

É preciso conhecer a história do Brasil, observando que o país foi o último das Américas a abolir a escravidão. E entender a influência que isso teve na construção de uma sociedade bastante desigual.

O preconceito racial diz respeito a toda sociedade. Falar sobre racismo no Brasil sempre gerou muita polêmica. Há quem duvide que o racismo exista no país. Mas ele existe. E de tão enraizado, às vezes sutil, muitas pessoas nem se tão conta de que são preconceituosas. Admitir que o racismo está presente e próximo de nós é um passo para dar um basta.

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