A atividade econômica do País voltou a apresentar índices negativos. Dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a economia recuou 0,1% no terceiro trimestre do ano. A perda ocorreu no comparativo com o trimestre imediatamente anterior.

Imagem ilustrativa da imagem Quadro de estagnação
| Foto: Silvio Ávila/AFP

A estagnação era prevista, mas os números vieram ainda piores do que as projeções. Especialistas acreditavam que a variação no período seria nula (0%). O desempenho fraco da economia ocorre em um contexto preocupante que reúne escalada da inflação, juros mais altos e fragilidades no mercado de trabalho.

Conforme o IBGE, o PIB está em patamar similar ao do período entre o fim de 2019 e o início de 2020. Por outro lado, encontra-se 3,4% abaixo do ponto mais alto da série histórica, no primeiro trimestre de 2014.

O resultado decepcionante foi puxado para baixo pela agropecuária, justamente o setor que é considerado uma das locomotivas da economia nacional. A queda no setor foi de 8%. Já as exportações de bens e serviços caíram 9,8%. A indústria ficou estagnada.

O PIB é calculado pelo IBGE de acordo com padrões internacionais. O objetivo é medir a produção de bens e serviços em um país em determinado período.

O indicador mostra quem produz, quem consome e a renda gerada a partir dessa produção. O crescimento do PIB, descontada a inflação, é usualmente chamado de crescimento econômico.

Apesar do registro de dois trimestres consecutivos de retração, o panorama da economia ainda não indica recessão. Entre os economistas, a avaliação é que a situação é de estagnação.

Não há definição oficial sobre o que caracteriza uma recessão. Embora economistas utilizem a métrica de que esse é o período marcado por dois trimestres seguidos de queda na atividade, a maior parte dos institutos considera uma análise mais ampla de dados. O termo "recessão técnica", por exemplo, é considerado tecnicamente equivocado por muitos economistas.

Para o comitê, o declínio na atividade econômica de forma disseminada entre diferentes setores econômicos é denominado recessão. A verdade é que o povo brasileiro espera que medidas sejam tomadas para reaquecer o mercado de trabalho e gerar empregos. Principalmente porque quem mais sofre com esse quadro são as pessoas de renda mais baixa.

Obrigado por ler a FOLHA!