A história dos brinquedos é extensa e contraditória. Alguns historiadores registram a existência de bonecos de madeira e marfim que teriam divertido os faraós e eram a representação do Império Egípcio. Para outros, esses mesmos bonecos, datados de 2000 antes de Cristo e encontrados nas tumbas dos faraós, eram representações rituais. Mas há enciclopédias e pesquisadores que sustentam que o homo sapiens, tal qual as descrições bíblicas da criação do homem, já produzia representações de pessoas e animais em barro, e esses seriam os primeiros moldes de bonecas de que se tem notícia.
Na Grécia e em Roma, 500 anos antes da era cristã, havia bonecas e marionetes. Nos escombros de Pompéia, um corpo de criança foi encontrado junto a uma boneca. Seja como for, a boneca, tal qual a conhecemos hoje, apesar da evolução dos materiais e da sua produção em plástico a partir dos anos 40 do século passado, data do século 15, em Nuremberg, na Alemanha. A cidade reunia artesãos que ficaram conhecidos pelos brinquedos e chegou até a ocorrer rivalidade com os produtores de Leipzig, onde havia feiras em que os produtos eram apresentados e passavam por inovações.
Aos franceses são atribuídos os primeiros bonecos de papel machê, a massa de papel molhado e cola que permitia moldes exclusivos. Daí, foi um passo para o uso da louça na confecção dos rostos, mãos e pés. Mas, se as bonecas se tornaram com o passar do tempo um brinquedo de menina, para os meninos surgiram outros, alguns ligados a jogos. As primeiras bolas de gude de que se têm notícia teriam surgido 3 mil anos antes de Cristo, eram feitas de pedras semipreciosas e estavam no túmulo de uma criança egípcia. Da mesma época datariam os piões, usados na Babilônia, o território onde hoje está o Iraque e é palco dos conflitos da primeira guerra do século 21.
Os famosos carrinhos dos meninos vão acompanhar a indústria automobilística e surgem nos anos 20. Mas é o plástico, a partir dos anos 40, que populariza os brinquedos então pouco acessíveis aos mais pobres, que tinham acesso apenas a bonecas de pano e brinquedos de madeira. Os de metal e papel machê ou louça eram objeto do desejo de muitos e brincadeira de poucos.