Atividade considerada o motor da economia do Paraná, o agronegócio ganhou um importante impulso para a próxima safra. Nesta terça-feira, o governador Ratinho Junior apresentou detalhes do Plano Safra 2023/2024 com R$ 54,3 bilhões captados de diversas fontes, entre elas o Banco do Brasil, cooperativas de crédito e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).

O governador explicou que o Governo do Estado aproveitou o Plano Safra nacional, lançado em junho pelo governo federal, e aportou novos recursos para melhorar as condições de crédito para os agricultores paranaenses. Esses créditos serão aplicados em três finalidades. A maior fatia se destina a custeio e comercialização: R$ 46,3 bilhões. Novos investimentos no setor consumirão R$ 9,6 bilhões desses recursos. Outro R$ 1,1 bilhão será aplicado em ações com finalidades diversas.

Apoiar a agricultura é de extrema importância por uma série de razões que abrangem aspectos econômicos, sociais, ambientais e de segurança alimentar. O apoio à agricultura contribui para o desenvolvimento econômico e social das áreas rurais. Isso pode ajudar a reduzir a migração em massa para áreas urbanas, aliviando a pressão sobre as cidades e melhorando a qualidade de vida nas zonas rurais.

A expansão de cidades médias foi destaque no Censo 2022. Estudiosos destacam o poder de atração do agronegócio como fator de desenvolvimento populacional. O grande desafio das gestões é manter a população no campo também nos pequenos municípios, o que exige políticas eficazes na agricultura familiar.

Neste Plano Safra, destaca-se a criação de novas linhas dentro do Banco do Agricultor Paranaense. A principal novidade é o atendimento diferenciado a mulheres incluídas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) interessadas em investir em suas propriedades. O Estado vai assumir 100% dos juros dos empréstimos contraídos para esse fim.

Com o cenário de juros em queda, mais ainda com altas taxas no país, linhas de crédito facilitado são sempre bem-vindas para o setor. Aquelas voltadas para a produção familiar, geração de energia e irrigação, terão juro zero, segundo o governo.

Como mostrou neste fim de semana a Folha de Londrina, em reportagem sobre a 19ª edição do Encontros Folha, o setor do agronegócio no país aposta em pesquisa para abrir novas fronteiras de produtividade, sem deixar de lado a agenda sustentável. Para isso, os investimentos em pesquisa também se mostram fundamentais.

O agronegócio é um setor complexo, com várias camadas que demandam de total atenção e um esforço conjunto das esferas governamentais, do terceiro setor e também da sociedade como um todo.

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