Imagem ilustrativa da imagem Placa Mercosul e sua “importância”
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Foi implantada no Brasil a placa de veículos atribuída ao Mercosul. A bandeira de defesa de sua existência em território brasileiro era de que seria muito importante, pois identificaria com facilidade os veículos que circulam entre um país e outro, que integram o grupo econômico, formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (este último país, até onde se sabe, suspenso temporariamente do Mercosul). Nestes primeiros seis meses de 2021, os valores aproximados praticados são de R$ 150, no Paraná; R$ 140 (SP); R$ 150 (SC); R$ 180 (MG) e por aí vai. Um número considerado de brasileiros esperneou, tornou público seu descontentamento para com a exigência desta placa; outros tantos fizeram com que suas vozes e palavras ecoassem aos ouvidos e páginas sociais de parlamentares. Enfim, no vai e vem de críticas e indagações, a placa padronizada foi implantada e vemos por todos os lados a azulzinha exalando sua “importância” para os veículos que estão nos grandes, médios e pequenos municípios dos 27 estados brasileiros (já incluso o DF). A grande maioria dos veículos do território brasileiro não estará presente em fronteiras ou transitando em diversos países, senão, alguns que entram e saem, no dia a dia, do Paraguai e Argentina – o que ocorre em passagens rápidas para as compras –, o que não vem ocorrendo com muita intensidade devido a pandemia e alta do dólar. Fora isso, se está minando com as placas que revelam de onde são os veículos dos 399 municípios paranaenses (para centralizar uma unidade federativa); estão forçando o povo a gastar mais; estão forçando o povo a conviver com uma inútil placa em seus veículos e engrossando os lucros para alguns segmentos diretamente envolvidos. É hilário andar por um município de menos de quatro mil habitantes e contemplar a maioria dos veículos com as placas do Mercosul, os identificando que são do Brasil. Pasmem!

Fábio Galhardi (jornalista) - Santo Antônio da Platina

O luxo e o lixo

O Brasil é um país que se divide em dois mundos: a fantasia e o luxo; do outro lado, a realidade e o lixo. Os políticos vivem nababescamente mergulhados no que se tem de melhor, enquanto que os financiadores disto tudo vivem de migalhas, estendendo a mão para programas sociais-eleitorais. Para a esquerdopata ou a direita escravopata não interessam a designação, não ligam muito para isto. Afinal, são a mesma farinha. Falam muito em povo e se esquecem facilmente deste mesmo povo que há anos só é lembrado nas vésperas das eleições. Gasolina e derivados, gás de cozinha produzidos pela Petrobras; arroz, feijão e óleo vegetal produzidos com plantação do agronegócio brasileiro; ovos botados pelas bravas galinhas brasileiras sobem bem acima da inflação e dos salários e a desculpa do ministro neo liberal disto tudo é o dólar. Não estaria na hora de dolarizar a economia brasileira? Motociata deveria ser substituída por caminhada para sentir o cheiro do povo.

Manoel José Rodrigues (assistente administrativo) - Alvorada do Sul