Ney Braga construiu a Rodovia do Café (trecho Ponta Grossa/Apucarana), Álvaro Dias construiu a PR 444 duplicada e Jaime Canet Jr cobriu de asfalto cerca de 4 mil quilômetros da malha viária estadual, sem cobrar nenhum centavo de pedágio dos paranaenses. Os tempos eram outros, dirão. Tudo bem, mas nem por isso temos que aceitar a continuidade de uma extorsão que nos usurpa há 24 anos. O novo modelo proposto para a concessão das rodovias federais no Paraná, na sua essência, é tão danoso para a nossa economia como o atual praticado. O fato de permitir que as concessionárias, que atualmente detêm a outorga, participem do novo certame é ultrajante para os paranaenses; estamos há nove meses do encerramento dos seus contratos e não haverá tempo hábil para que elas concluam obras inacabadas, além de outras nem iniciadas. Isso é de extrema gravidade e é preciso o engajamento de todos os setores da nossa sociedade para não cairmos novamente no conto do vigário. Temos que lutar contra essa nova solércia que nos ronda e, agora, liderada pelo Ministério da Infraestrutura. Serão mais 30 anos pela frente, de uma camisa de força impondo-nos atraso no desenvolvimento, perdas econômicas, afastamento de investidores e prejuízos de toda sorte. Temos que ficar de olho na Assembleia Legislativa Estadual, no Governo do Estado e, principalmente, no representante do Governo Federal que está deliberando sobre o processo licitatório. Será uma irracionalidade e estupidez incorrermos nos mesmos erros do passado. Corremos o risco de deixar uma herança maldita para as nossas futuras gerações. Basta de dizer "amém" aos políticos que não honram a nossa confiança. Pedágio extorsivo nunca mais!

Ludinei Picelli (administrador de empresas) Londrina

Acorda cordeiros

Com toda esta pandemia na saúde e economia, com a falta de comandante desta nau chamada Brasil, o executivo simplesmente resolveu brincar de legislar perante um Congresso combalido, que vê a população comendo lixo, ratazanas para não passar fome sem nada fazer em ambos os casos. O presidente que reclamou que nada poderia fazer quando era para ajudar a população mais fraca, agora ajuda a população rica a comprar armas em quantidades e balinhas para colocar dentro de baciadas. Afinal o que pobre queria mesmo comprar seria comida com o suor de seu rosto e não de esmola de 300 reais com a inflação estourando a meta. Uma arma meio tiro fica em torno de 5 mil reais, portanto pobre tem que pedir porte de estilingue. O brasileiro, além de inocente, agora também ficou esquecido, afinal se votou um plebiscito que 65 por cento da população votou a favor do desarmamento, lembram? Novamente o judiciário vai ser obrigado a tanger o governo como boi cutucando seu traseiro e mostrando o caminho. Como brasileiro tem dedo podre na hora de apertar o "confirma" da urna eletrônica. Acorda cordeiros.

Manoel José Rodrigues (assistente administrativo) Alvorada do Sul