Pausa na vacinação: jovens terão que esperar pela primeira dose

A suspensão da aplicação de primeiras doses da vacina contra a Covid-19 em Londrina, Cambé e Rolândia compromete a imunização de jovens e, por tabela, dos adolescentes que vivem na região. Nesta segunda-feira (6), a secretaria de Saúde do município de Londrina informou que a partir de terça-feira (7), feriado de Independência, a vacinação de primeiras doses está suspensa por tempo indeterminado. A decisão foi motivada por falta de imunizantes.

Na sexta-feira (3), a pasta havia aberto o agendamento para os jovens de 21 anos e para as pessoas de 22 e 59 anos que tiveram o cadastro validado após a vacinação da faixa etária se imunizarem nesta semana.

No entanto, o município foi obrigado a voltar atrás, já que o lote de 12.400 doses de Coronavac, que tinha previsão de ser entregue até esta segunda (6), teve que voltar para o Ministério da Saúde por orientação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No fim de semana, o órgão determinou a interdição cautelar de lotes da vacina, proibindo a distribuição e o uso dos lotes envasados em uma fábrica chinesa não aprovada na autorização de uso emergencial.

Jovens de várias cidades brasileiras terão que esperar mais para começarem a se imunizar contra o novo coronavírus. Ao todo, a Anvisa proibiu a utilização de cerca de 12 milhões de doses. No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde teve que devolver 338.200 doses.

Em Londrina, o agendamento de 4.367 pessoas feito entre sexta-feira e domingo (5) foi cancelado. Para os demais, a situação da inscrição no sistema também passou para cadastrado, sem possibilidade de marcar dia e horário.

Em nota, a Anvisa frisou que as medidas cautelares “não são decisões condenatórias em caráter punitivo, mas sanitárias para evitar a exposição ao consumo e ao uso de produtos irregulares ou sob suspeita”.

Preocupado com a possibilidade da notícia da devolução desse lote das vacinas gerar rejeição ao imunizante, o secretário de Saúde de Londrina, Felippe Machado, afirmou que não há motivo para alarmismo e que a Coronavac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, é segura e produz anticorpos contra o novo coronavírus.

Enquanto fica suspenso o cadastro para novos grupos, o poder público pode concentrar sua atenção nas pessoas que não retornaram para receber a segunda dose e não completaram o esquema de vacinação.

Que novas doses sejam enviadas o mais rápido possível. Depois de alcançar um ritmo bom de imunização contra a Covid-19, essa suspensão pode prejudicar muito a vacinação do grupo de adolescentes, que ainda nem tem data programada para começar.

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