Imagem ilustrativa da imagem Patrulha Pet
| Foto: Gustavo Carneiro

Mais uma extravagância está sendo proposta para virar lei em nossa cidade. A vereadora Daniele Ziober reivindica a contratação de 35 guardas municipais para atuar exclusivamente na fiscalização de crimes de maus-tratos a animais. Adicionando veículos e equipamentos acessórios a esse contingente de vigilantes, num cálculo por baixo, estima-se que o custo do serviço deve atingir o valor de 250 mil reais/mês, num montante na ordem de 3 milhões/ano. Atualmente, a prefeitura já dispõe de uma equipe que, apesar de pequena, atende as ocorrências. É claro que o problema é recorrente, mas não é tão prioritário que justifique tamanho investimento. Nesse momento de penúria, privação e miséria temos urgência em atender os humanos maltratados que abundam em Londrina; indigentes de toda sorte, mães indígenas com seus filhos descalços, moradores de rua e tantos outros desassistidos praticam uma mendicância dolorosa nas ruas da cidade, clamando pela caridade alheia. Nossa gente desafortunada está roendo ossos e revirando o lixo para matar a fome. Portanto, esses recursos devem ser utilizados para minimizar o sofrimento pós pandêmico dessa parcela da população, através das entidades de assistência social. A mesma vereadora também está apresentando um outro projeto relacionado a animais domésticos. Trata-se da liberação para que funcionários municipais levem para as suas repartições seus bichinhos de estimação, inclusive coelhinhos, entre outras espécies, como ela própria exemplificou. Já imaginaram um papagaio falante? Façam as contas, a prefeitura tem cerca de 12 mil empregados; já pressentiram a zorra que pode acontecer no recinto dos órgãos da municipalidade? A sucessão de projetos de lei incoerentes e descabidos apresentados nesse primeiro ano da atual legislatura nos deixa perplexos e assustados. É de se perguntar: será que não existem temas mais relevantes para serem tratados pelos nossos edis?

Ludinei Picelli (administrador de empresas) - Londrina

Obras no Bosque Central

Como parte da "revitalização do Bosque Central" estão sendo colocadas faixas táteis - de orientação de caminhada para deficientes visuais - atravessando as ruas Rio de Janeiro, São Paulo e Piauí. Vi este absurdo na quinta feira, 07/10, fotografei motos, carros e ônibus passando por cima das faixas já colocadas. Passei a informação, com as fotos, para vereador, advogado que diz defender Londrina, mídia televisiva e até para deputado federal eleito por Londrina. Tentei falar com alguém da prefeitura. Liguei diretamente no gabinete do prefeito, fui encaminhada para o Planejamento ou Ouvidoria, de lá para Obras, mas estavam todos em reunião virtual e uma funcionária ficou de alertar o Setor de Serviços Urbanos e Pavimentação. Fiz o que eu pude, na condição de uma cidadã que vê algo sendo feito pelo poder público que irá, futuramente, acarretar grandes problemas. Existe uma Norma, a NBR9050 que deve ser seguida ao se fazer este tipo de obras. Parece-me que não conhecem a mesma, na prefeitura. No dia seguinte, acordei com o som das britadeiras. Estão terminando de colocar as faixas na av. São Paulo. Que Deus proteja os deficientes visuais de Londrina. Porque, quando acontecer o que fatalmente irá acontecer, eu direi apenas: eu avisei!

Nina Cardoso (psicóloga) - Londrina