A corrupção é uma das grandes mazelas da sociedade e uma das principais barreiras que atrapalham o desenvolvimento econômico e social de qualquer país. Quando o bem comum é preterido em favor de interesses privados e de agentes públicos desonestos, os impactos negativos afetam a população. Quem perde é saúde, educação, segurança, infraestrutura e qualquer outro serviço essencial para o bem-estar de um país.

Nesta terça-feira (5), mais uma denúncia de um esquema de corrupção chega à público. A Receita Federal, em ação conjunta com a Polícia Federal e com a Controladoria Geral da União, deflagrou a Operação Rolo Compressor. O objetivo foi desarticular um plano de licitação fraudulenta e desvios de recursos públicos envolvendo funcionários públicos vinculados à Dnit/PR (Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Paraná).

Segundo auditoria da CGU, o prejuízo aos cofres públicos totalizam R$ 75,8 milhões. A investigação apontou que, entre 2011 e 2022, funcionários do DNIT perceberam valores ilícitos de empresas que mantinham contratos com o poder público.

A ação é uma continuação de operação deflagrada em janeiro de 2022, que colocou na mira das autoridades policiais obras de adequação da BR-163/PR (trecho entre Toledo e Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná) e obras de restauração, implantação e pavimentação da BR-487/PR (trecho entre as localidades de Porto Camargo e Serra dos Dourados, no Noroeste do Estado).

Ao todo, 54 mandados de busca e apreensão ocorreram nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo e no Distrito Federal. No Paraná, a operação foi realizada em Londrina, Curitiba, Cascavel, Maringá, Pato Branco e Guarapuava. De acordo com a Receita Federal, servidores aprovavam obras rodoviárias superfaturadas ou com outras irregularidades.

Importante que as investigações sejam realizadas e, no caso de comprovadas as suspeitas, os responsáveis devem ser responsabilizados de acordo com o rigor da lei. Os problemas causados pela corrupção vão além do prejuízo financeiro. Ela também prejudica a confiança dos cidadãos nas instituições e no próprio Estado, afasta investidores, aumenta o custo das obras e prejudica a competitividade do país.

Combater a corrupção é uma questão ética e moral e uma necessidade estratégica para garantir o desenvolvimento e o futuro justo para as próximas gerações.

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