Só quem já sentiu na pele as agruras de não poder aterrizar em Londrina, por condições climáticas adversas, consegue avaliar as consequências desagradáveis e os prejuízos de toda sorte provocados pela anormalidade. Não tenho os números, mas acredito que o nosso aeroporto seja um dos que mais acumulam horas de fechamento para pouso, no país. Desde os anos 1990 assistimos os londrinenses clamarem pela instalação do ILS, o que possibilitaria a diminuição desse prejuízo econômico/financeiro e de imagem para a cidade e região. Enquanto a responsabilidade de solução do problema era da Infraero, nossa pífia representatividade em Brasília não teve força política para dar cabo a essa situação que nos causa transtornos, danos à nossa economia e muitos outros infortúnios. A falta de uma atuação mais incisiva dos nossos representantes fez com que nas últimas três décadas de espera do tal equipamento de segurança de voo, que estava destinado para o nosso aeródromo, fosse desviado para outras cidades; a influência política delas falou mais alto. Assim, ao longo desse tempo, Maceió, Uberlândia e Joinville foram as beneficiadas em detrimento aos nossos interesses. Consta que no recente processo de privatização da nossa estação aeroportuária, a concessionária teria 36 meses de prazo para fazer a instalação do equipamento. Espera-se que haja bom senso e que esse prazo seja encurtado ao menor tempo possível, para que essa verdadeira novela termine definitivamente, pois a cada vez que ouvimos o comandante da aeronave anunciar uma alternância de voo para outros locais, por falta de teto em Londrina, nossos sentimentos são de repugnância, de complicações por conexão perdida, de desalento por planos adiados, de perda pelos negócios interrompidos, entre outros tantos dissabores que nos oneram e nos decepcionam. A segunda maior cidade do Paraná, cujo aeroporto atende uma região com cerca de 2 milhões de habitantes, não pode continuar sendo maltratada dessa maneira.

Ludinei Picelli (administrador de empresas) Londrina

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