OPINIÃO DO LEITOR: Tadeu Felismino
PUBLICAÇÃO
sábado, 15 de julho de 2023
Tadeu Felismino, jornalista formado pela UEL, atuou por anos na Folha de Londrina e em outros veículos de imprensa. Atuando na política desde o movimento estudantil, fez parte de uma promissora geração de políticos londrinenses do período da redemocratização.
Em sua atuação pública, foram marcantes o seu amor por Londrina e sua luta pela democracia.
Sua defesa intransigente da democracia transpareceu já em sua atuação no movimento estudantil da UEL, em que presidiu o DCE em plena Ditadura Militar. Foi marcante a criação do jornal estudantil “Poeira”, que marcou época e que faz parte daquele período de luta de uma Londrina progressista contra a opressão.
Atuando localmente na luta pela redemocratização, foi eleito vereador, presidiu a Câmara de Vereadores no período de elaboração da Lei Orgânica do Município, além de, mais recentemente, ter ocupado cargos no antigo Iapar – atual IDR – e na atual gestão municipal.
No recente período de crise democrática de nosso país, sempre se posicionou contra o autoritarismo que se alastrou nos últimos anos, mantendo coerente defesa da Constituição de 1988.
Para muitos, ele poderia ter alçado voos políticos mais altos. Sua vida e seu trabalho por Londrina tomaram um rumo diferente, no entanto.
Ele fez parte de um grupo de londrinenses que passou a pensar o futuro da cidade, buscando soluções para o seu desenvolvimento no período pós-geada de 1975, trabalhando no projeto “Londrina Tecnópolis”, que durante os anos 2000 plantou as bases para o ecossistema de inovação e de tecnologia que é uma marca atual de Londrina.
Antes de sua partida, continuou trabalhando, até os seus últimos dias, como presidente do IPPUL, colaborando uma vez mais para o futuro de nossa cidade por meio dos projetos ligados à revisão do Plano Diretor.
Como homem público, Tadeu deixou um relevante legado para a história e para o futuro de Londrina. Em sua vida privada, era uma pessoa cordial, de diálogos construtivos, conciliadores e sempre inspiradores. Deixa muitos amigos, e, em seu círculo mais íntimo, seus pais, sua esposa e seus dois filhos, a quem muito amava.
Que seu legado público de amor a Londrina e de defesa da democracia sirvam, sempre, de inspiração a todos nós e às novas gerações de londrinenses.
Carlos Renato Cunha, procurador do município de Londrina
Bueiros entupidos
Na edição da FOLHA do dia 07 deste mês, falou-se sobre o trabalho de desentupimento de bueiros da cidade. Nesse sentido, faço um alerta: não adianta limpar o bueiro em si, o problema está na canalização subterrânea, sendo que lá o pessoal não mexe. Feita a limpeza pela terceirizada, na primeira ou segunda chuva o problema está de volta. Este entupimento é causado pelo excesso de tamanho da abertura da boca de lobo, que deixa passar lixo de todo tipo, quando ali deveria passar apenas água.
Alcides Constantino, aposentado, Londrina
Por que sem autópsia?
Causa muita estranheza a não divulgação de laudo de autópsia do assassino dos dois jovens na Escola Helena Kolody em Cambé, e que foi morto ou se matou na noite do mesmo dia, na cadeia onde devia estar protegido. A causa-mortis indicará como foi morto - ou como se matou, o que não deveria acontecer, já que o protocolo de segurança deve retirar dos detidos tudo que possa ser usado para isso, como até os cordões dos sapatos. Cabe à Secretaria Estadual de Segurança informar quando divulgará o laudo, o que não fez até agora como usualmente faz. Se não fizer isso, e se o Ministério Público continuar silente a respeito, levarão a cidadania a crer que algo importante está sendo escondido, conformando assim que as "teorias de conspiração" nascem e crescem graças à desinformação oficial. Geralmente vemos prazos de um mês para laudos, e o fato ocorreu há mais de vinte dias.
Domingos Pellegrini Junior, escritor

