Ao ler o artigo publicado neste periódico, dia 22/08/2024, com o título acima, fiquei estupefato! O direito de livre manifestação é universal, ao menos para os democratas, por isso, elas devem ser respeitadas e admiradas, sem, contudo, sermos obrigados a aceitá-las. Sempre que necessário, irei para a trincheira em defesa da liberdade de expressão.

Fiquei estupefato porque, ao ler o artigo, deparei-me com uma feroz crítica ao filósofo Jean-Jacques Rousseau, sendo que essa crítica, por si só, é um direito do missivista, faz parte da liberdade de expressão. O que me deixou perplexo foi ler que ele chamou de livrinho, em seguida, de livreco, a maior obra de Rousseau, O Contrato Social. Isso me pareceu tétrico!

No berço, meus pais já me ensinavam que humildade é a maior virtude do homem, e a soberba a pior delas. Pode-se criticar Rousseau, mas ninguém, nem os seus maiores críticos, lhe negaram a virtude de ter sido um dos maiores filósofos do século XVIII, e que influenciou o mundo à época e desde então. E o que me deixou ainda mais perplexo foi apresentar definições e conceitos que não pertencem a Rousseau. Repito aqui a emblemática frase de Rousseau: “O homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado.”

Almir Rodrigues Sudan, graduado em direito, economia e jornalismo

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