Gostaria de compartilhar minha opinião sobre a matéria publicada em 1 e 2 de abril de 2023 intitulada “Moraes: Big techs devem responder por conteúdo monetizado e impulsionado”. Gostaria de expressar meu apoio às recentes declarações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sobre as big techs e a necessidade de responsabilizá-las pelo conteúdo monetizado e impulsionado. Isso é extremamente relevante, já que estamos vivenciando um momento em que as redes sociais têm um papel cada vez mais importante na disseminação de informações.

Moraes está correto ao dizer que as plataformas digitais deveriam ser tratadas como empresas de mídia, e não apenas como intermediárias. É inaceitável que essas empresas tirem lucro a partir da disseminação de conteúdos desinformativos, mentirosos, e até de discriminação, enquanto se escondem atrás do argumento de que são apenas provedoras de serviços.

O ministro também está correto ao defender o uso de inteligências artificiais para o combate de tais conteúdos, já que, com um grande fluxo de informações e usuários nessas plataformas, o controle de conteúdo é uma tarefa difícil, e a tecnologia pode ser uma grande aliada para realizar a detecção e remoção destes conteúdos prejudiciais. Acredito que é importante destacar que a regulamentação das redes sociais não é uma tentativa de limitar a liberdade de expressão, mas de garantir que esta liberdade seja exercida de maneira responsável e que as empresas que lucram com essas informações também assumam sua responsabilidade sobre elas, ao invés de se esconder atrás do argumento de serem apenas um intermediário, como já comentado.

Guilherme Mattos Conde (estudante do Instituto Federal do Paraná) Londrina

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