OPINIÃO DO LEITOR: Planos de Saúde
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quarta-feira, 10 de julho de 2024
Diariamente, ouvimos reclamações sobre os altos preços dos planos de saúde. Há vários fatores que influenciam nos valores cobrados, entre outros, exames caríssimos tanto laboratoriais como de imagens. Mas um fator que me chamou atenção, dias atrás, foi que um conhecido meu ao levantar um peso sentiu dor na região umbilical e notou um abaulamento no local. Procurou um pronto atendimento e o médico que o atendeu solicitou vários exames laboratoriais e uma tomografia (?) para fazer o diagnóstico de hérnia umbilical, que poderia perfeitamente ser feito clinicamente. Após os exames, o plantonista o encaminhou a um clínico que por sua vez solicitou novos exames. De posse dos exames, o clínico o encaminhou ao cirurgião e esse pediu um risco cirúrgico. Então vejam quanto custou para o plano de saúde esse caso. Além dos exames, foram quatro consultas e muitos exames que poderiam ser dispensados. Mas por outro lado, os médicos, na atualidade, fazem uma medicina “defensiva”, por se em um futuro terem problemas judiciais, têm como provas do atendimento. Isso pode ser umas das razões dos altos custos dos planos de saúde.
Sidney Girotto (médico) Londrina
Dinheiro retido no Banco Central
Li, na edição de fim de semana da FOLHA, que ainda restam 8,4 bilhões de reais, dos mais de 15 bilhões que estavam disponíveis para saques, pela população brasileira, no Banco Central. Esses valores são provenientes de várias movimentações financeiras que fazemos e, muitas vezes, ao mudarmos de banco ou de corretoras, sempre resta um saldo que, ao longo dos anos aumenta, por incidência de juros e correções monetárias. E nós não nos lembramos de retirá-los.
Atualmente, estou presidente da Asapel (Associação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Londrina) e, desde que esta consulta foi aberta, procurei verificar, pelo site do BC, as possibilidades de nossos associados. Uma boa parte deles possui valores que podem ser resgatados. No entanto, não conseguimos efetivar estes resgates por uma simples razão.
O BC mantém os valores em contas individuais que são classificadas, pelo mesmo, como "Bronze", "Prata" e "Ouro". Acontece que a grande maioria dos CPF's consultados está vinculado a uma conta "Bronze", que não permite o saque. Existe uma orientação, no próprio site do BC para que o solicitante "transforme sua conta em Prata ou Ouro" para que possa efetivar o saque. Já procuramos orientação com contadores, para entendermos como fazer esta alteração mas, até agora nada conseguimos.
A existência dos valores é uma realidade. Não são valores altos, mas todos deveriam ter o mesmo direito de sacar o que está vinculado ao seu CPF e/ou o que esteja vinculado ao CPF de uma pessoa falecida, por seus herdeiros, o que também está disponibilizado no site do BC.
Sugiro que os especialistas financeiros do BC orientem a população sobre os meios de realizar as mudanças na classificação de suas contas, para que seja possibilitada a igualdade de direito entre todos os brasileiros.
Nina Cardoso (psicóloga) Londrina