OPINIÃO DO LEITOR: O `Nobel da Paz´ tupiniquim
PUBLICAÇÃO
sábado, 20 de maio de 2023
Ludinei Picelli
Depois de Bolsonaro se vangloriar mundo afora de nunca ter tomado a vacina anticovid, agora Lula se arvora num pretenso Nobel da Paz, aspirando ser o protagonista principal de uma possível solução pacífica para o conflito Rússia/Ucrânia. São dois néscios que não têm noção do ridículo e das suas atitudes risíveis.
Por ocasião de uma assembleia da ONU, o ex-presidente contestou o premier inglês Boris Johson sobre a necessidade de se imunizar contra a Covid; acabou por ter que comer pizza na rua porque na cidade de Nova York era obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação para frequentar lugares fechados. Um vexame constrangedor para o Brasil.
Dando sequência à essa série de trapalhadas, presepadas e mancadas diplomáticas presidenciais, que geram deploráveis decepções aos brasileiros, agora o atual presidente está "pondo os pés pelas mãos" em seus périplos internacionais. Com a sua baixa expressividade entre os mandatários dos países mais desenvolvidos do planeta, ele foi "meter o bedelho" numa guerra que nem mesmo as icônicas organizações mundiais, tais como ONU, Vaticano, Comunidade Europeia, entre outras, conseguem mediar e alcançar a paz tão desejada. Passou vergonha!
Falou um monte de asneiras, teve que se desdizer e, além disso, amargar mais um desgaste nas nossas relações internacionais, quando o presidente da Ucrânia não deu importância à visita do diplomata assessor especial do Planalto, deixando claro que a intromissão das nossas autoridades no assunto não tem peso algum para a solução do impasse.
Ao invés de se aventurar em resolver guerras complexas entre grandes potências, o nosso presidente deveria olhar para os interesses do povo brasileiro e solucionar nossos conflitos domésticos. Por exemplo, acabar com as invasões de terras, retirando a capa protetora com que ele abriga o MST e combater incessantemente o vergonhoso trabalho escravo, uma crueldade odiosa que persevera ocorrer em terras brasileiras em pleno século 21.
Também tem a obrigação de pacificar o país, se desvencilhando de um desejo de vingança que não faz sentido. Vingar do que? Todas as penas que lhe foram imputadas têm razão de ser, porque foram confirmadas por duas instâncias do Judiciário. A devolução de mais de 6 bilhões de reais aos cofres da Petrobras é prova inconteste de que a corrupção existiu na petroleira, sob o comando do seu governo na época do "petrolão"; não há como negar.
Em sã consciência, ninguém devolveria esse volume de dinheiro sem contestar, se não fosse cúmplice da roubalheira. Portanto, apesar da vergonhosa complacência da nossa Corte maior, o atual ocupante da cadeira presidencial não foi inocentado.
Outras tantas desavenças estão em aberto, exigindo atuação decisiva de quem tem a obrigação de nos governar com competência e honradez, dotes tais que são precários na maioria dos nossos governantes.
Se a intenção é se tornar um estadista, tentando evidenciar a qualquer custo a sua imagem na vitrine internacional, não vai conseguir, porque o seu passado, marcado por mandatos mergulhados em escândalos de corrupção, é indelével.
Ludinei Picelli (administrador de empresas) Londrina
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