As mudanças climáticas que atingem as mais diferentes regiões do planeta, como por exemplo o evento assustador - similar em muitos aspectos ao terremoto na Turquia e na Síria - que devastou o Litoral Norte de São Paulo em São Sebastião, no fim de semana, deixando mortos e feridos, centenas de desabrigados e milhares de desalojados com efeitos negativos para toda a vida e economia local, não são eventos isolados e, estão sim, concatenados numa sequência de fatores que ultrapassam o fenômeno do efeito estufa e repercutem em terríveis catástrofes ambientais imprevisíveis e sem precedentes na curta história da humanidade. Aliás, o efeito estufa é um fenômeno natural e necessário para manter a vida e uma temperatura segura para a Terra, inclui-se gases em quantidades ideais como o CO2, metano, óxidos de azoto, ozônio dentre outros presentes na atmosfera.

Entretanto, o problema urgente é o aumento descontrolado do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, devido ao desmatamento e à queima de florestas, de carvão, de petróleo, de gás natural e de outros combustíveis fósseis. Nesse sentido, não comporta nenhum engano afirmar que a espécie humana está passando por um grande desafio em sua existência, principalmente porque as catástrofes ambientais, devido ao acúmulo descontrolado de CO2 na atmosfera, serão cada vez mais terríveis e sem previsão matemática de modelos do clima: desabrigando, inundando, secando, sufocando e ceifando preciosas vidas humanas.

Destarte, a situação atual do clima no Brasil e no mundo é gravíssima e tudo indica que ficará muito pior com o passar dos anos. Nesse sentido, tentativas de minimizar essa realidade por meio de um discurso simples e demagógico que carece de total credibilidade científica é tornar-se cúmplice, omisso e pactuado com a destruição do meio ambiente global, bem como, contribui enormemente para o desaparecimento de muitas espécies da fauna e da flora, além disso, empurra, inevitavelmente a espécie humana para a beira do precipício, numa possível extinção em um futuro não muito distante.

Antonio Sérgio Neves de Azevedo (estudante) Curitiba