Vi recentemente a notícia sobre a guerra entre Israel e Hamas, é uma situação muito triste e difícil, principalmente para as pessoas inocentes que perdem suas vidas no meio desse conflito.

Eu acho um absurdo começarem essa guerra, provavelmente, para a conquistarem mais território. Imagina quantas famílias, com crianças e idosos, tiveram que deixar suas casas e deixar seu emprego para fugir. Imagina um dia você ter tudo do bom e do melhor, e no outro dia ter que deixar tudo que você conquistou para trás. O mundo está cada vez mais egocêntrico.

Espero que isso acabe logo e que as pessoas consigam se reerguer após tanto sofrimento.

Isadora Manini Santos, aluna do colégio Marista Londrina

Quando um relacionamento faz mal

Aristóteles uma vez disse que o homem é um animal social. Desde sempre, criamos laços e fomentamos todos os tipos de conexões – amorosas, pessoais e profissionais. Se relacionar é o que nos torna humanos. Entretanto, um relacionamento deve oferecer um lugar seguro para nos expressarmos, trazendo conforto e confiança. Mas isso nem sempre acontece, e algumas vezes o que deveria levar alívio acaba deixando cicatrizes invisíveis na alma.

Os relacionamentos abusivos (ou tóxicos, na linguagem moderna) são mais comuns do que imaginamos e, em sua maioria, possuem uma explicação psicológica. Eles surgem através da ideia de desenvolvimento humano a partir da relação mãe-bebê. Na fase inicial da vida, a mãe é responsável pela satisfação das necessidades básicas da criança, o que influencia diretamente na formação da identidade e na sua capacidade de estabelecer relações saudáveis.

Em um relacionamento tóxico, esse processo é distorcido, com o agressor muitas vezes assumindo um papel controlado semelhante ao da figura materna. Outro ponto de análise é a “capacidade de estar a sós”, desenvolvida durante a infância. A criança precisa experimentar momentos em que se sinta segura na solidão para desenvolver autonomia. Isso contribui para evitar que a vítima se torne dependente emocionalmente do agressor.

Enquanto o abusivo age de forma manipuladora, tornando-se, paradoxalmente, uma fonte de conforto e ameaça, a vítima se vê forçada a desviar de sua verdadeira identidade para agradar o agressor, resultando em uma perda da própria essência. Também é preciso se atentar a quebra do ambiente facilitador, representado pela relação materna, que pode levar a uma falha na capacidade de confiar, contribuindo para o ciclo de controle e violência.

Ao explorar a influência das primeiras relações na formação da identidade e na capacidade de estabelecer laços saudáveis, podemos compreender melhor os mecanismos ocultos que fomentam os relacionamos abusivos, e dessa forma evitá-los.

Cristina Navalon é psicóloga com especialização em Psicanálise do Adolescente, Psicossomática e Doenças Mentais

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