Quanto tempo sem João!

Quanto tempo sem a disposição!

Quanto tempo sem a motivação!

Quanta ausência de sentido sem João.

A cidade clama,

As águas movem-se

As árvores sacodem.

O vento, o sol a chuva

Todos sentem sua falta.

Pois João sabia apreciar, proteger

Preservar, cuidar, educar...

Tinha um compromisso a cumprir!

Como encantador da natureza

E por toda a criação.

João era a síntese das águas.

Um homem convicto

De nossa necessidade de natureza

Porque somos a natureza que pensa

Por isso essa compreensão.

João tinha paixão por tudo que pensava,

Por tudo que fazia,

Por tudo que sonhava.

João deixou esse legado

Deixou novas propostas

Deixou essa força invisível

Que está em nós e permanecerá

Para sempre, pois para sempre

Sua presença será.

Estará em cada molécula dessas águas.

Em todas as águas

Há um pouco de João.

Todos os dias em que a água se move, remove

É João que nos renova, motiva

Que nos encanta.

Propondo um novo jeito,

Com muito estudo e práticas

Obcecado em conhecer, em transformar.

Seu grito forte

Nas redes sociais, nas universidades,

Nas escolas, nos fundos de vale.

Em todos os cantos sua fala ecoou

A marca indelével da sua mensagem

Em tentativa de mudar o mundo

Mudar a sociedade,

Para sermos pessoas mais sensíveis

Para com os outros seres humanos

Para todas as formas de vida micro e macro.

Que habitam as terras e as águas.

Orientou-nos a sermos o humos da terra

A fertilidade dos solos,

O sonho da cidade sustentável

Dos córregos e lagos límpidos,

Do verde encantador, do nascer

De uma árvore, do canto dos pássaros,

Do ar puro.

E na força das águas

E na beleza das árvores.

João estará sempre presente

Em tudo que faremos para

Construir a utopia do amanhã

Para alimentar esta caminhada:

Proteger os humanos

E preservar a natureza.

Paulo Bassani, cientista social, escritor e poeta, prof. universitário e amigo de João

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