‘Overbooking’ no Estádio do Café
Levei minha filha de 12 anos ao Estádio do Café para assistir Londrina x São Paulo na quarta-feira à noite. A organização segregou os torcedores do São Paulo no espaço destinado à torcida visitante, inclusive com ingressos específicos para o local. Acontece que venderam muito mais entradas do que o espaço comportava. A venda não cessou mesmo depois da constatação de superlotação do local. Por muito pouco não aconteceu um tragédia. Famílias inteiras e muitas crianças e idosos tiveram de assistir ao jogo em pé, sem o mínimo de conforto e segurança. Muitos não tiveram nem mesmo está oportunidade, já que foram obrigados a ficar em locais que não ofereciam visão para o campo. Fiquei com receio pela integridade da minha filha e de toda aquela boa gente brasileira mais uma vez humilhada e desrespeitada pela incompetência e a ganância de alguns.
JANDERSON MARCELO CANHADA (secretário-executivo) – Londrina

Cultura da morte
O que queremos de nossa sociedade se vivemos uma cultura de morte? Camisetas com crânio cheio de lantejoulas, estojos escolares e cadernos infantis com caveirinhas infantis com um lacinho, e nos desenhos animados os personagens se matam violentamente. E o que dizer dos filmes da televisão que incitam a violência e os jogos de computador e de videogames cheios de ódio, pontos ganhos para quem corre de policial e mata mais pessoas? O que se quer de uma sociedade dessas? Paz? Ainda se quer viver em paz? Para se viver a paz é preciso plantar a paz.
DAILTON MARTINS (comerciante) – Londrina

Manda quem pode, obedece quem tem juízo!
A MP dos Portos foi aprovada exatamente como a presidente Dilma exigiu (como se fosse a mamãe ameaçando seus filhinhos): se não obedecerem, não vão ganhar presente! Os deputados federais espernearam, sapatearam, fizeram beicinho (num verdadeiro faz de conta), mas aprovaram a MP dos Portos. Os senadores também, heroicamente, deram seu "sim", sem ao menos tomar conhecimento da matéria. Antigamente havia a Câmara Alta (Senado) e a Câmara Baixa (Legislativo). Hoje ambas são subalternas. Pode?
WILSON OLIVEIRA TRINDADE (bacharel em Direito) - Londrina

Titulação de Lula
Pensei que já tinha visto e ouvido de tudo sobre absurdos envolvendo pessoas públicas, mas essa do ex-presidente Lula escrever (a convite?) no Jornal New York Times é devastador. Agora, outorgar-lhe o título de "Doutor Honoris Causa" é mais que justo, afinal ele foi um defensor fervoroso das causas de José Sarney, dos mensaleiros, de Renan Calheiros, de Rose Noronha, dentre várias outras. Portanto, façamos justiça: pode ser um péssimo escritor, mas a insígnia de "Doutor Horroris Causa" lhe é mais que devida.
LUIZ ALBERICO PIOTTO (servidor público) – Cambé

Servidão moderna
Na sociedade atual é facilmente observável a servidão voluntária. Um exemplo disso é a grande procura por trabalhos alienantes. As pessoas acabam se acostumando com tudo e não conseguem ter o senso crítico mínimo para perceberem que a contemporaneidade está formando pessoas que somente reproduzem uma ordem preestabelecida, sem questionamentos. Consideram tudo normal e inevitável, não enxergando o que está diante de seus olhos. Vão se deixando levar pelo sistema de alienação, construindo um mundo onde estão ficando presos. As mercadorias são colocadas como necessidade vital e essencial para a felicidade, que se resume pelo prazer imediato. Os sistemas de produção colonizam todos os aspectos da vida humana, tirando a reflexão e o senso crítico dos indivíduos, que estão acreditando que não existe forma de modificar a sociedade e que devem apenas seguir o rumo que já predeterminaram para o mundo.
LUANA FERRARI DIAS (estudante de Direito) – Londrina

■ As car­tas de­vem ter no má­xi­mo 700 ca­rac­te­res e vir acom­pa­nha­das de no­me comple­to, RG, en­de­re­ço, ci­da­de, te­le­fo­ne e pro­fis­são ou ocu­pa­ção. As opi­niões po­derão ser re­su­mi­das pe­lo jor­nal. E-­mail: opi­niao@fo­lha­de­lon­dri­na.com.br

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