Respeito é uma palavra forte e que deve ser repetida diariamente nas nossas vidas. Respeito pela vida humana, pelo próximo, pela liberdade, pelas religiões, pela fé alheia, pela comunidade. Respeito é um sentimento que nos irmana apesar de todas as diferenças, inerentes a qualquer sociedade. Por isso, devemos ter respeito pela família do jovem congolês Moïse Kabagambe, brutalmente assassinado no Rio de Janeiro. Respeito pelas manifestações pacíficas que pedem justiça e denunciam mais um caso de racismo no Brasil. E, lamentavelmente, condenar a falta de respeito de parte de um grupo que entrou na Igreja do Rosário, no último sábado (5), em Curitiba, com bandeiras políticas e palavras de “ordem”, em uma cena de manifesto DESRESPEITO com a fé alheia. A busca pela justiça é um dever. A luta contra excessos, também.

João Evaristo Debiasi, Secretário de Estado da Comunicação e Cultura do Paraná.

Alice Ogawa

Quero registrar o meu profundo agradecimento à Folha de Londrina pela reportagem na Folha 2 sobre a exposição que presta tributo à fotógrafa Alice Ogawa. A reportagem escrita pela repórter Walkiria Vieira ficou muito boa. A família Ogawa sentiu-se muito sensibilizada e agradecida pela homenagem. Agradeço também à Yone Kotinda, do Espaço Cultural Ceddo, que cedeu o espaço para a exposição, e ao Foto Clube de Londrina, que realizou a seleção das imagens.

Luísa Junco Ogawa (aposentada) Londrina

Esperança é a última que morre!

È um ditado bem antigo, já que a esperança é a última que morre, porque ela deixará de existir quando chegarmos ao paraíso, no teu coração, onde nada mais precisaremos esperar. Essa pandemia nos deixa muito cansados e desanimados. Sobre nossos ombros há um peso que está nos esmagando: Os sistemas que dividem o mundo; o progresso que se tornou privilégio de poucos; a fé mercantilizada que compra e venda do paraíso; religiões que alienam e abusam de nossa fé. As diferenças gritantes e a má distribuição de riquezas e bens; o homem coisificado, que vale pelo que produz; a política, desempenhada como arte de enganar o povo; o poder, usado como força de opressão e não como serviço; a violência que fere e mata, sem a repressão devida; a fome que dizima a metade da humanidade. Dá-nos, Senhor, em meio a tudo isso, a graça de nunca perdermos a esperança; ajuda-nos a construir sobre os escombros deste velho mundo a nova civilização da esperança e do Amor. Amém!

Wilson Oliveira Trindade (bacharel em Direito) Londrina

Somos luzes

As mortes do negro congolês Moise, em um quiosque, à paulada, como se fosse um animal feroz, e de Durval Teófilo, confundido com um assaltante, mostram o racismo de uma sociedade doente, onde as classes dominantes tratam o restante da população, principalmente pobre e preto, como se fossem cidadãos de última categoria. A cor da pele ou a roupa simples logo chamam a atenção, afinal "podem e devem ser bandidos". As câmeras filmaram tudo, a barbárie nojenta porque senão seria apenas legítima defesa. O Brasil é de maioria pardos ou negros, mas mesmo assim isto nada atenua o preconceito estrutural. O que aconteceu e sempre acontecerá será uma sucessão de violência. Esse não será o último caso de racismo no nosso país e em todo o mundo. A excrescência do racismo se resume pelo simples pensamento que uma pessoa seja melhor ou pior que a outra pela cor da pele. Somos seres da mesma origem e a cor do sangue é vermelho. A cor da pele nos faz menos quando pensamos que somos mais por essa razão. Somos luzes vindas de uma Luz Maior e luzes não têm cor, têm brilho e intensidade. Vidas de todas as cores, brilhos e intensidade importam.

Manoel José Rodrigues (assistente administrativo) Alvorada do Sul

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