Que liberdade é esta que estamos tentando atingir que a cada dia nos parece mais distante? Com o nosso Brasil se dividindo em dois lados, quase sempre: os contra e os a favor; os do lado de dentro e os excluídos; os com mansões e os sem teto; os com vergonha de pedir um pão por não ter um emprego e os sem-vergonha que não têm vergonha de roubar, desviar o leite da boca da criança; os do luxo e os do lixo. A independência ou a morte passa primeiro pela diminuição destes opostos, desta abissal desigualdade que nos faz milionários e mendigos, simplesmente por egoísmo, por ganância que como um poço sem fundo nos empurra cada dia mais para o fundo. Para parafrasear o hino da independência, " Já raiou a desigualdade no horizonte do Brasil", para completar "Deste solo para muitos é pátria amarga, Brasil".

Manoel José Rodrigues (assistente administativo) Alvorada do Sul

Centrão, um esclarecimento

Lendo a carta do Sr. Alberto Chahaira Sobrinho, de 17/08/22, espantei-me com a afirmativa por ele utilizada como definição do que seria o "centrão". Após pequena pesquisa pela internet, verifiquei que ela consta como sendo parte da Wikipédia, assim que se digita a palavra centrão para busca. Com um olhar mais aguçado, fora da Wikipédia, podemos encontrar a explicação de que o "centrão" é formado por partidos que não possuem uma ideologia própria e que suas bancadas contam com um número reduzido de parlamentares. Sua formação básica envolve o PP, o Republicanos, o Solidariedade e o PTB, podendo, a depender dos assuntos em discussão, reunir, também, o PSD, MDB, DEM, Pros, PSC, Avante e o Patriotas. Pelas siglas informadas, podemos perceber que já não está tão atualizado como deveria ser. Assim, sempre é bom que lancemos mão de fontes mais fidedignas para embasar nossas opiniões e críticas porque, dos 11 partidos informados, apenas quatro estão apoiando o atual presidente, três têm candidaturas próprias, um se declara neutro e três apoiam outros candidatos. Não me parece que o "centrão" esteja "de corpo e alma" na campanha eleitoral do atual presidente.

Nina Cardoso (psicóloga) Londrina

Políticos

Lendo a coluna "Opinião do Leitor" (01/09/2022), não pude deixar de rir muito com a opinião do Sr. Manoel José Rodrigues. Inteligente e divertida. Os políticos em campanha (em sua maioria) acham que somos, no mínimo, retardados mentais. Neste ano estamos revendo muitos que já deveriam estar aposentados, mas, como sabemos, sempre pode sobrar uma "boquinha" não importa em que partido, ou alguns incautos que lhe darão os votos, porque esqueceram que aquilo que lhes fora prometido no passado, nunca aconteceu. Voltam a bater na mesma tecla, achando que as pessoas têm cérebro de minhoca ou minhoca no cérebro.

José Roberto Dias (bancário aposentado) Londrina

A degradação do bioma do Pantanal

Como se não bastassem os incêndios de 2020, 2021, agora o que vimos foram as decisões trágicas e bizarras da Assembleia Estadual do Mato Grosso, com a lei sancionada em agosto pelo governador Mauro Mendes, que flexibiliza e autoriza o aumento da pecuária extensiva em áreas de preservação permanente no bioma e a implantação de pastagens em 40% na planície inundável, cujas decisões valem também para a Bacia do Alto Paraguai.

Mais uma vez a marcha da insensatez segue seu caminho, sempre no rumo da degradação, porém a natureza já perdeu muito do seu bioma, nem mesmo os ninhais existem mais, mas a natureza agirá em legítima defesa e não fornecerá água para os milhões de bovinos, bem como para os que produzem pastagens e o que é pior, até a monocultura da soja está chegando ao Pantanal, isso não é ficção nem parte da novela, mas sim a Lei da Causa e Efeito. Vamos aguardar a próxima estação do verão, e nos digam o que aconteceu com a Nau dos Insensatos.

Com tristeza pela nossa biodiversidade e nossos rios que perdem a vida.

José Pedro Naisser (ecologista) Curitiba

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