É inacreditável que ainda se discuta a possibilidade de golpe militar no Brasil em pleno século XXI, quando deveríamos estar aprimorando nossa democracia, que precisa avançar especialmente no quesito qualificação representativa em todos os níveis. Destaque-se que diante do que vinha ocorrendo do Ministério da Saúde, o termo golpe militar tornou-se de duplo sentido, mas no caso clássico, desejo confesso do atual presidente que desgoverna o Brasil cabe imaginar as suas consequências nos dias seguintes à intervenção das Forças Armadas no país. As primeiras medidas seriam fechamento do Congresso e do STF, com prisões arbitrárias de incontáveis autoridades da República, gerando espanto na sociedade. A internet e as redes sociais teriam de ser bloqueadas, causando revolta entre jovens e o caos nas empresas. Jornalistas, opositores, professores e intelectuais começariam a ser cassados, presos, torturados e mortos. Seria decretada a censura. Jornais e emissoras fechadas. Os países desenvolvidos decretariam severas sanções ao Brasil, causando mais desemprego, inflação e miséria. A imagem internacional, já tão deteriorada, seria de terra arrasada e condenada eternamente ao subdesenvolvimento. E, de quebra, emergiria uma família imperial de lacaios milicianos, que formaria uma dinastia ao estilo Saddam Hussein, ou algo do gênero. Definitivamente, não é um bom negócio pra ninguém, com exceção dos Bolsonaros.

Sandro Ferreira. ( representante comercial ) Ponta Grossa

Democracia

Imagem ilustrativa da imagem OPINIÃO DO LEITOR - Golpe militar
| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A urna eletrônica nunca foi questionada por aqueles que ganharam eleições, todavia agora o próprio presidente que foi beneficiado por esse sistema vem pôr em dúvida esse avanço tecnológico. O mundo evoluiu e se voto impresso não gerasse dúvida, Donald Trump não choraria tanto a eleição que perdeu nos EUA. O Brasil vive numa democracia, embora se tenha a impressão que é uma teocracia, pois em certos momentos, os eleitores adoradores tratam seus candidatos como se fossem deuses. O que passou é como água de rio, nunca mais passará novamente. Qualquer ameaça à democracia no Brasil, como não ter eleições no ano que vem, não dará em nada, afinal não é só o cargo de presidente que estará em jogo. Urna eletrônica ou voto impresso não ganha eleição, o que ganha eleição é ganhar o coração do povo pobre com empatia e respeito. Voto não se compra porque voto não se vende.

Manoel José Rodrigues (assistente administrativo) Alvorada do Sul

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