Cumpre acentuar por verdadeiro que os legisladores representantes do povo, incumbidos que são da árdua tarefa de elaborações das leis, muitos deles, senão a maioria, nem sequer são bacharéis em direito ou economia

Como regra convivem enclausurados em seus luxuosos gabinetes, sob o amparo do mais amplo e inimaginável privilégio, tornam-se alheios a realidade brasileira. Por isso não raras vezes tem feito e engendrado normas que desprezam todo um pensamento jurídico divorciado da realidade, muitas das vezes afrontando diretamente situações que refletem os anseios mais elementares da população brasileira, em especial os de menor poder aquisitivo que suportam o lamentável desfecho dessa veridicidade. Tudo isso realça na existência do chamado segundo turno das eleições municipais que transcorreram no dia 29 do mês de novembro do corrente ano. A propósito, qual foi o custo do pleito na totalidade? Ora, se o município com 1199 eleitores não necessita de segundo turno, resolvendo tudo no primeiro turno, não há razão plausível racional para existência do segundo turno, evitando com isso exacerbado gasto público advindo da realização do segundo pleito (turno). Até parece que o país encontra-se magnificente do ponto de vista econômico-financeiro. Porventura o recurso economizado não poderia ser direcionado a construção de habitação popular para os mais necessitados? Coadjuvar na saúde pública, segurança , educação, etc.etc.etc.? Evidente que já passou da hora de se editar leis para acabar com abissais gastos que poderiam ser evitados.

Antonio Francisco (advogado) Ibiporã

Poderosos do país

Democracia não é o que estamos vivenciando em nosso querido e sofrido Brasil. Esse amontoado de partidos político, que se dizem defensores do povo, tanto esquerda, direita ou centro, com o intuito de defenderem seus partidos, esquecendo das necessidades de um país assolado por uma pandemia, sem precedente. Como se não bastasse isso tudo, ainda temos o Judiciário dirigido por apadrinhados de políticos influentes, que também não movem uma palha contra seus padrinhos. Engana-se quem acredita que as leis foram feitas para todos. No país, quem tem dinheiro, tem poder. Que, além de serem isentos de prisão, ainda conseguem livrar seus comparsas. Na Câmara Federal e Senado já estão faltando gavetas, justamente pela quantidade de processos contra políticos . A prescrição é o destino principal dos processos contra seus pares e compadres. Moral da história: os malfeitores se entendem. Pobre Brasil!

Wilson Oliveira Trindade (bacharel em direito) Londrina