Parabenizo a Folha pela matéria do jornalista Vitor Ogawa, "Como deve ser feito o resgate de um animal abandonado?" (09/04/2021). Tema de muita importância nesta cidade, especialmente com tantos casos de abandono e o vergonhoso descaso do poder público. Aproveitando, gostaria de questionar a opinião pública da cidade sobre o motivo de não se ter como obrigatório o uso de guia para cães. Já morei em alguns bairros da cidade e a quantidade de cães com coleiras e bem cuidados que circulam sem a presença de seus tutores é impressionante. Além de colocar a população (especialmente crianças) em risco, deveria ser visto como maus tratos ao próprio animal, pois os deixa sem supervisão, em situações de potencial conflito com outros cães e animais, além de expostos a doenças, arames farpados, boeiros, etc. Uma campanha de conscientização, além de leis municipais mais claras sobre os cuidados que se deve ter para com os animais, seria de grande valor para a cidade.

Daniel Guerrini (professor UTFPR) Londrina

Troca feita errada

Finalmente, após tanto desejo da sociedade como um todo, houve a troca do ministro da Saúde. Só que de forma errada. Isto é, para se colocar um cobro aos constantes abusos existentes, tanto quanto necessário deveria ser trocado o atual presidente, não meramente seu ministro. Convenhamos, admitir que a má gestão governamental em andamento no ministério configure culpa do ministro é um retrocesso inconcebível sob todas as óticas de análises possíveis, recai como as sombras do que é impossível e que se espelha como um dos mais inexatos posicionamentos sobre a culpa da má direção no indigitado órgão. Até porque, toda má gestão empreendida está bem à vista, desde que haja boa vontade em constatá-la, já que não vislumbre em recair sobre os ombros do ministro cuja substituição ocorreu. Trocar simplesmente o ministro vale dizer: a ladainha continua, se arrastando sorrateira, armada, louca por um bote, matreira, exibicionista, esbanjando-se em farta vanglória e presunçosa, em tempo da necessária verdade inclusive sobre o indispensável combate a avassaladora pandemia, nada se vê, ao contrário, quantas coisas irreais. É como alguém que na intenção de retirar algo do interior de uma pedra, por exemplo, efetua raspagens em suas saliências externas. A atual administração se refugia em campos extensos, sem disponibilização de uma pedra pra sentar, sem um momento de pensar com racionalidade, sem uma gota de satisfação para oferecer, deleita-se num vazio total, resultando numa desesperança nunca vivida, sobretudo, pelos brasileiros.

Antonio Francisco da Silva (advogado) Ibiporã