Do embusteiro caçador de marajás ao mito impostor que nos golpeou com a falsa promessa de combater a corrupção, passando pela "alma viva mais honesta do Brasil", o que tem se descortinado na governança do país é uma somatória de trapaça, roubalheira, engodo, traição à confiança do povo, inépcia, mentiras, fanfarronices e retrocessos.

Imagem ilustrativa da imagem OPINIÃO DO LEITOR - Collor, Lula e Bolsonaro
| Foto: Pedro França/Agência Senado

O megalomaníaco das Alagoas não caçou nenhum marajá, pelo contrário, os fez se reproduzirem. Virou caça e foi cassado, depois de confiscar criminosamente a poupança dos brasileiros e se envolver em grossa corrupção. O da "alma viva honesta" chefiou uma gigantesca quadrilha e, com seus comparsas partidários, saqueou impiedosamente o erário nacional.

E o mito? Bem, esse se revelou ser um perfeito conto do vigário. Aguçou a esperança dos brasileiros com a promessa de combater ferrenhamente a corrupção. No entanto, traiu vergonhosamente a confiança da população, entregando o leme governamental para a parcela mais corrupta do parlamento nacional. Nessa negociata, para justificar a hipócrita "garantia da governabilidade", providenciou o sepultamento da nossa maior operação anticorrupção, confessando publicamente ter cedido a alma do governo ao notório corrupto centrão.

Nesse alinhamento com os mesmos velhacos que apoiaram e avalizaram governos corruptos de antecessores, ele reabriu o balcão de negócios, confirmando um triste retrocesso às práticas dos vigaristas da velha política, que só miram dinheiro, cargo e poder.

A recriação de ministérios para acomodar aliados, a ocupação da Casa Civil por um denunciado por corrupção e a canalhice da propina bilionária, protagonizada pela corja de facínoras e abutres da pandemia, que fazem uma intermediação criminosa na negociação de vacinas, são as primeiras demonstrações de que os corruptos reconquistaram o centro decisório do governo.

Faz-se mister por fim nessa politicalha abjeta e repugnante. Chega de larápios, de aventureiros, de fanfarrões e de néscios no poder. É preciso parar de prestar adoração a políticos; basta dessa constrangedora devoção a "ídolos com pés de barro". Nossos representantes precisam ser cobrados e com muita veemência. Já passou da hora de elegermos um grande líder, um autêntico estadista, para nos governar.

Ludinei Picelli (administrador de empresas) Londrina

A opinião do autor não reflete, necessariamente, a opinião da FOLHA.

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