Das eleições norte-americanas podemos e devemos tirar diversas lições, as quais não se aprende nos livros e nas escolas, por melhor que eles sejam. Lá o presidente da República recusa-se a aceitar os resultados, absolutamente corretos, mas que lhe são adversos, como muito bem demonstraram as autoridades eleitorais daquele país. Partindo da maior democracia do mundo, podemos entender por que está “bagunçado” o nosso planeta. Não existe respeito aos direitos dos outros, do cidadão e da comunidade. Aqui no Brasil estamos acostumados a votar mal, eu confesso que o fiz várias vezes, sem examinar os candidatos e sem exercer o nosso sagrado direito de cobrança. Votamos e depois até esquecemos do eleito, o que demonstra uma falta de civilidade e respeito para com toda a sociedade. Poucos são os políticos descentes e que merecem o respeito da comunidade. Na assembleia estadual, um deputado é acusado de roubar (duzentos) milhões de reais, foi processado, e daí, tudo está parado como o diabo gosta. O nosso Congresso Nacional tem muitos assessores para cada sr. deputado e exmos. senadores; tem “rachadinha” pra todo lado, carros, passagens e outros penduricalhos. O rol dos benefícios, nepotismos, fraudes vigora sem vergonha neste País, onde os “caras de pau” nadam “de braçada” na esteira da corrupção. Existem os chamados órgãos de fiscalização, da nação, porém são amordaçados pelos poderosos do momento. Parece que o povo está começando a se indignar com a gestão irresponsável da maioria dos políticos. Segundo me parece, salvo engano, a ética política começa na escola, no jardim da infância, ou melhor acho que tudo começa em casa, com os primeiros professores: os pais.

Servio Borges da Silva (advogado) Londrina

Grades de proteção da democracia

Em março de 2020, sem apresentar nenhuma prova, o presidente Jair Bolsonaro alegou que houve fralde eleitoral em 2018 e que teria sido eleito em primeiro turno. Nove meses se passaram, nenhuma prova foi apresentada. Nos EUA, o presidente derrotado rompe mais uma grade de proteção da democracia e não cumpre o rito de reconhecer a vitória do adversário eleitoral, questionando a lisura do processo da mais sólida democracia do mundo. Discordar no campo político, tendo o outro como adversário a ser combatido, é legítimo. Entretanto, romper as regras do jogo é digno de repúdio. Os norte-americanos tem tradição democrática para suportar esses ataques e expurgar seus agressores, nós, brasileiros, também teremos fôlego para manter as grades de proteção da democracia de pé?

Luiz Gustavo Tiroli, acadêmico de direito da Universidade Estadual de Londrina (UEL)

MEMÓRIA

11 de novembro de 2015

Bandeirantes avalia prejuízos causados por vendaval

Após a passagem de um vendaval seguido de chuva de granizo, que durou cerca de 15 minutos na noite do último domingo, Bandeirantes foi o município mais atingido, com ventos atingindo cerca de 119 km/h, segundo a Estação Agrometeorólogica da Uenp/Iapar. O prédio de uma indústria foi totalmente destruído e muitas casas foram destelhadas. De acordo com a Defesa Civil, não foi registrada nenhuma ocorrência envolvendo pessoas feridas. Segundo uma das equipes de atendimento da prefeitura e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, dezenas de árvores caíram, deixando fios de alta tensão espalhados pelas ruas. Cinco bairros ficaram sem água devido à falta de energia para o bombeamento de água. A energia retornou à normalidade na madrugada da segunda-feira.