Ódio ou inveja?

Será que aqueles que são contrários odeiam o Lula? Quando olham para aquela figura de "nove dedos, voz rouca, cabelos ralos e brancos", enxergam as dificuldades que todos têm para viver, o sofrimento intenso, do corpo e da alma, a que todos estamos sujeitos, a luta intensa, o esforço imenso, a resistência e a resiliência; enxergam a sobrevivência. A figura paternal, como se fosse o avô de todos nós, o sorriso franco e sincero, a alegria de viver que nenhuma agrura, nenhuma perda pessoal, nenhuma injustiça sofrida, nem as múltiplas enfermidades graves, nada conseguiu modificar, sequer refrear. Ele é como um farol de esperança que nos guia para que alcancemos um porto seguro, é como uma garantia de que podemos alcançar uma vida mais justa e mais feliz. É o nosso estímulo à luta, à defesa de tudo que nos é caro, de tudo que julgamos ético, correto e justo. E quando seus detratores se olham no espelho, quando olham para seus umbigos, enxergam o ódio intenso a tudo, enegrecendo suas almas, enxergam a ignorância, a ganância, a presunção. Quando pensam em suas vidas, se é que pensam, observam seu vazio, sua futilidade, seu existir pobre, triste, desnecessário, inútil. A sua face assemelha-se à sua alma podre, perdida, sem perspectivas, sem amor. Enquanto isso, a face radiante do Lula, mesmo preso, mesmo doente, mesmo frente à morte de tantas pessoas queridas, mãe, irmão, neto, e tantos outros, continua a ser a própria face da esperança. E quando ocasionalmente esse nosso querido presidente franze o cenho, mostra-se triste, apreensivo, revoltado, vislumbra-se ainda a disposição sem fim de lutar, a força aparentemente inesgotável para promover a mudança necessária, de não se entregar, de defender sempre o que é justo, correto, a vontade irrefreável de levar a todos uma vida de paz, de alegria, de amor, do verdadeiro amor cristão. Então, será que os que zombam, denigrem, acusam, desprezam esse homem singular realmente o odeiam, ou será que estão simplesmente com uma imensa inveja?

Cleisson Dias (médico)

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Tudo invenção do comércio

Nada contra os comerciantes e nem para aqueles que acreditam "em boa fé", mas a quase totalidade das datas comemorativas tem um objetivo único, ou seja, transação comercial. Vejamos um exemplo específico: segundo a história, nos dias que antecederam a Sexta-Feira Santa, havia muitos barcos de pescadores abarrotados de peixes capturados em alto-mar e, se não vendidos ao povo, corriam o risco de apodrecerem. Então foram reclamar a Caifás, sumo-sacerdote no Templo, para que proibisse o consumo de outras carnes naqueles dias para que eles (os pescadores) pudessem "dar fim" àquela imensidão de pescados e, Caifás, assim atendeu, temendo uma revolta e a preservação do seu poder. Tem alguma diferença dos dias atuais? Absolutamente que não!

Luiz Alberico Piotto (servidor público)