Na tentativa de melhorar a imagem da nossa casa legislativa e de valorizar a instituição, o seu presidente está promovendo um protagonismo às avessas. Ao invés de implementar mais eficácia parlamentar ao seu corpo de edis e buscar soluções para os problemas da população, ele projeta ampliar o número de vereadores e planeja um injustificável aumento de salários acima dos índices inflacionários.

Essas atitudes vão na contramão do bom senso e não comungam com os propósitos da sociedade londrinense. Não nos interessa o fato de outras cidades superdimensionarem suas câmaras, utilizando o limite máximo de cadeiras estipulado pela legislação, para compor os seus parlamentos; é público e notório que os números desse teto são extravagantes.

De nada vai adiantar, também, alegar que há verbas específicas para tal finalidade, pois o percentual orçamentário destinado à Câmara pode até ser legal, mas é exagerado e desproporcional com outras demandas da municipalidade. Tanto é que ao final de cada exercício, costumeiramente assistimos à devolução aos cofres da prefeitura de verbas não utilizadas pela Câmara. Demagogicamente rotulam isso como economia da instituição.

O que realmente nos importa é a evidente inexpressividade atual da nossa casa de leis. Contrariando seu histórico de celeiro de renomados políticos que bem representaram a cidade nos âmbitos estadual e federal, desta vez o nosso legislativo não conseguiu eleger sequer um deputado no último pleito eleitoral. A sucessão de projetos de lei inconstitucionais e folclóricos, propostos nesse período, foi um grande destaque negativo.

Porque, então, aumentar o quadro de vereadores apenas para cumprir uma formalidade dispensável? Há muito o que fazer antes de promover um abominável inchaço na composição do quadro de edis e inflar seus rendimentos, acarretando consequências onerosas para o contribuinte. Com certeza, o dinheiro destinado a esse pleito do presidente da Câmara poderia ser melhor aproveitado na educação, na saúde e na segurança pública, ao invés de bancar a proliferação dos cabides de empregos e pagar gordas mordomias.

A sociedade organizada de Londrina tem que mostrar toda a sua indignação, repudiando com veemência essas proposituras estapafúrdias.

Ludinei Picelli (administrador de empresas) Londrina

Operação Desenrola

Os Bancos e a Serasa informaram que na Operação Desenrola, do governo federal, limparam 1,2 milhões de CPFs dos brasileiros que estavam com dívidas de até R$ 100,00. Como se isso fosse uma grande operação para os donos do sistema financeiro e para o governo federal que criou o programa, onde os juros da taxa Selic estão em 13.75% aa.
Queria ver mesmo é outra operação do governo federal que agisse contra as operadoras de crédito, onde mais de 30 milhoes estão enforcados pelas altas da taxa de juros que chegam a 27% ao mês, esses dificilmente terão seus CPFs limpos e continuarão na fila para o enforcamento, já que essas operadoras o governo não chega nelas para a redução dos juros, que nos Estados Unidos não passam de 3%a.a.
Pobre do povo brasileiro, atolado e enrolado até o pescoço.

José Pedro Naisser (aposentado) Curitiba