Neste momento de pandemia a agricultura torna-se o salva-vidas para a economia do Brasil e o Paraná é um grande beneficiado por esse que é considerado o motor das nossas finanças.

Uma prova disso está nos dados que a FOLHA traz na edição desta sexta-feira (10) com base na Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Vamos começar pelas informações que interessam a nós, paranaenses. Depois de amargar uma queda de 27,4% na produção industrial mensal em abril, o Paraná apresentou crescimento de 24,1% em maio na comparação com o mês anterior e é o Estado com maior crescimento no País, à frente de Pernambuco (20,5%) e Amazonas (17,3%). Em todo o Brasil, o crescimento na atividade industrial foi de 7%.

Em entrevista à FOLHA, o economista da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), Evânio Felippe, a atividade agropecuária, que representa 30% da matriz industrial do Estado, é a que mais contribuiu para a sustentação da atividade industrial nesse momento de pandemia.

O fato de a indústria alimentícia se enquadrar como setor essencial e não ter paralisado durante a crise do coronavírus certamente fez com que os números não fossem tão negativos.

Apesar da boa notícia do recorte de maio, o economista da Fiep diz que o setor industrial deve ficar atento. Isso porque o Paraná apresenta queda de 18,1% na comparação com maio de 2019, e de 8,9% no acumulado de janeiro a maio. Ele lembrou que o cenário é incerto até dois, três meses para a frente.

Segundo o economista, as medidas de restrição das atividades econômicas anunciadas recentemente pelo governo estadual - inclusive em Londrina - podem impactar diretamente nos resultados da atividade industrial.

Realmente não é possível, neste ano de 2020, fazer previsões de comportamento de mercado e de resultados da economia. Por enquanto, podemos comemorar cada vitória, desta vez proporcionada pela boa safra agrícola e também pelo bom desempenho nas exportações de proteína animal, carnes, especialmente frango e suínos.

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