O retrocesso de 6 anos do IDH a partir da pandemia
O indicador caiu 2,4% no período de 2019 a 2021, interrompendo uma tendência de alta e retornando ao mesmo patamar de 2015
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 29 de maio de 2024
O indicador caiu 2,4% no período de 2019 a 2021, interrompendo uma tendência de alta e retornando ao mesmo patamar de 2015
Folha de Londrina
A pandemia da Covid-19 impactou de forma negativa as mais variadas áreas, como economia, educação e saúde, como comprova um relatório divulgado nesta terça-feira (28) pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Segundo a publicação, a crise mundial provocada pelo vírus SARS-CoV-2 fez o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) recuar em todos os estados brasileiros nos anos de 2020 e 2021 no Brasil, inclusive no Paraná.
Cabe ao Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) formular o índice que estima o desenvolvimento humano a partir de indicadores de educação, renda e longevidade.
Em 2019, o Brasil tinha quatro estados e o Distrito Federal na faixa "muito alto", 20 estados na faixa "alto" e apenas dois -Maranhão e Alagoas- em um patamar considerado médio. O cenário mudou nos dois anos de pandemia. Em 2021, apenas São Paulo e Distrito Federal se mantiveram no patamar "muito alto" - saíram desta faixa Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
O IDHM do Brasil caiu 2,4% no período de 2019 a 2021, interrompendo uma tendência de alta e retornando ao mesmo patamar de 2015, ou seja, houve um retrocesso de seis anos. Neste período, a esperança de vida regrediu para 74,16 anos, a frequência escolar caiu para 98,84% e a renda domiciliar per capita chegou a R$ 723,84.
Na avaliação do Pnud, a crise da Covid-19 nos anos de 2020 e 2021 pede uma leitura cuidadosa no caso brasileiro. Isso porque ela impacta os resultados de forma abrupta e transitória, caso da longevidade, e acentua crises estruturais em curso, caso da renda.
O programa ainda alerta para a importância das políticas públicas de saúde, de educação e de transferência de renda às famílias, cujo papel foi chave no progresso registrado pelo país de 2012 a 2019, antes de despencar com o impacto da Covid-19.
A pandemia deixou marcas profundas e ainda estamos sofrendo as consequências desse triste momento da história mundial. No Brasil, certamente os sistemas de renda, educação e saúde foram bastante afetados por uma pandemia que ainda mexe com a vida das pessoas.
Obrigado por acompanhar a FOLHA!