Um país que vive uma epidemia de homicídios até o ano de 2017 e começou a perceber uma melhora progressiva a partir de 2018 deve realmente comemorar que a taxa continuou a cair em 2019.

Há muito tempo a violência é uma das principais preocupações do brasileiro e a melhor atitude agora é que as autoridades façam uma análise de quais estratégias têm dado certo para que o País alcance números mais satisfatórios no quesito segurança pública.

O número de homicídios no Brasil diminuiu 21,1%, de janeiro a outubro do ano passado em relação ao mesmo período de 2018. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com base nas informações do Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas. Com isso, segundo o ministério, mais de 8,7 mil vidas foram preservadas no período.

As informações fazem parte dos boletins de ocorrência dos Estados e do Distrito Federal, compiladas pelo ministério por meio da plataforma Sinesp, que indicam ainda diminuição nos crimes de roubo seguido de morte (23,1%),tentativa de homicídio (6,5%),lesão corporal seguida de morte (5,2%)e estupro (5,7%).

Foi registrada também redução de 38,5% nos crimes de roubo à instituição financeira, furto de veículos (12,2%), roubo de carga (22%) e roubo de veículo (26,6%).

No ano passado, ao divulgar levantamento que já apresentava números em quedas nos indicadores criminais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, dividiu com Estados e municípios os louros da conquista. Ele tinha razão. A vitória não pode ser atribuída a um agente apenas, pois o trabalho integrado das forças de segurança é o que resulta em bons resultados.

Na verdade, é preciso voltar ainda mais no tempo, pois várias medidas introduzidas no governo Michel Temer começaram a surtir efeitos positivos. Principalmente no que diz respeito a integração das forças policiais e intervenções em prisões visando a separação de líderes de facções criminosas.

Como o crime é um fenômeno multifatorial, o combate a ele também precisa agir em muitas frentes. Embora seja motivo de comemoração a redução do número de homicídios e alguns tipos de roubos, é preciso lembrar que o País tem um longo caminho pela frente no sentido de reduzir as mortes causadas por policiais, os crimes contra homossexuais e a violência contra a mulher.

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