O furto de cabos elétricos se tornou uma prática recorrente nas cidades brasileiras, causando danos que infelizmente ultrapassam o custo de reposição de materiais. Falando em órgãos públicos e obras de infraestrutura, esse tipo de crime impacta diretamente a vida do cidadão porque serviços essenciais acabam sendo comprometidos, expondo falhas até mesmo no trânsito e na segurança pública. Infelizmente, há muito tempo esse problema vem acontecendo. Ele precisa ser enfrentado com inteligência, firmeza e urgência.

Em Londrina, recentemente, o furto de cabos e fios elétricos apagou e comprometeu parte da iluminação pública no Viaduto Jayter Cortez, da Avenida Dom Geraldo Fernandes (Leste-Oeste) com a Avenida Rio Branco (sentido centro-bairro), na zona oeste. Criminosos também levaram, do Parque Arthur Thomas, na zona sul, mil metros de cabos e 540 metros de eletrodutos corrugados, e ainda vandalizaram 38 caixas de passagens de fios. Os furtos foram identificados pela Londrina Iluminação na terça-feira (26).

O viaduto da Leste-Oeste foi inaugurado no final de junho. O roubo prejudicou parte da iluminação da trincheira, mas a manutenção já foi feita e a iluminação restabelecida pelos técnicos da Londrina Iluminação, que precisaram instalar uma cerca concertina para tentar inibir novos furtos.

Já no Arthur Thomas é a segunda vez que ocorre (a primeira foi no mês passado) alvejando as novas redes da nova iluminação que foi implantada no local. Em outubro mesmo a companhia londrinense havia entregue 143 postes ornamentais com iluminação (à beira da cerca palito, do lado de dentro do parque), mas uma parte ficou comprometida e sem luz pouco tempo depois. Somando agora os dois furtos, totalizam-se 37 postes apagados.

O prejuízo dos dois roubos chega a R$ 41 mil, sem falar na perda do bem-estar social, pois a comunidade ficou sem o benefício da iluminação. Em áreas urbanas, a ausência de iluminação noturna aumenta a sensação de insegurança, favorecendo assaltos e outros delitos.

Quando semáforos são atingidos, o apagão compromete a segurança do trânsito, elevando o risco de acidentes em cruzamentos movimentados. Já em serviços públicos como escolas e unidades de saúde, a falta de energia elétrica acaba prejudicando o funcionamento cotidiano dessas instituições.

Lembrando ainda que a longo prazo, esse tipo de crime gera um aumento nos gastos públicos, que são repassados ao contribuinte. É preciso uma fiscalização mais rigorosa junto ao mercado que faz a receptação de cabos elétricos e investir em pesquisas que proporcionem o uso de materiais alternativos menos atrativos para os ladrões.

A sociedade, como um todo, deve exigir medidas mais eficazes para evitar que a prática de furtos de cabos continue e também fazer a parte dela, denunciando a venda ilegal desses produtos e chamando a polícia ao presenciar uma situação de roubo. É hora de tratar essa questão como uma prioridade.

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