Ele surgiu no final do ano passado, na China, em meio a relatos de hábitos alimentares exóticos. Mas em quatro meses, o coronavírus deixou a Ásia para se transformar no maior problema da humanidade. Um problema que atingiu índices assustadores. Nesta quinta-feira (2), o número de pessoas infectadas em todo o mundo ultrapassou a marca de 1 milhão, conforme divulgou a Universidade Johns Hopkins.

Mais da metade dos infectados estão na Europa, enquanto os Estados Unidos têm mais casos: 220 mil. Após os Estados Unidos, a maior concentração de pacientes está na Itália, Espanha, Alemanha e China.

Os números não refletem a realidade. Cada país tem uma forma de registrar os casos. O Brasil, por exemplo, oficializa somente as pessoas em estado grave.

Desde o fim de dezembro, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) foi notificada da descoberta do novo vírus, 50 mil pessoas morreram em consequência da covid-19. E os números não param de crescer.

No último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (2), o Brasil registrava 299 mortos por covid-19. Quase oito mil casos foram confirmados, a maior parte em São Paulo.

No Paraná são quatro óbitos e o número de pessoas contaminadas subiu para 258. Mais de 600 estão sob investigação.

Enquanto se arrasta a polêmica da flexibilização das medidas restritivas de circulação de pessoas, os países vão entendendo a real dimensão do problema. “Ela (a crise do coronavírus) definirá nossa geração”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Já o médico Drauzio Varella resumiu em uma frase o impacto da covid-19 para o cidadão: 'Esquece sua vida normal, vai demorar muito tempo para voltar”.

No Brasil, será mais uma tragédia que evidenciará as diferenças sociais. Enquanto os mais ricos podem se fechar em suas casas e se resguardar fisicamente, a população mais vulnerável economicamente sofre em condições precárias de moradia e vivem o medo do desemprego.

Que a quarentena sirva também para a sociedade olhar para si mesma. Mais do que nunca é preciso pensar em responsabilidade social.

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