O leitor escreve
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 30 de março de 2000
O leitor escreve
Pedágio (1)
A Polícia precisa usar a força e jamais a violência para manter a ordem. E deixo muito claro que sempre vamos usar dos meios necessários para nos defender daqueles que transgridem a lei. Fantástica essa afirmação do nosso secretário de Estado da Segurança. Agora a manifestação de uma categoria que está sendo massacrada por um pedágio abusivo é o retrato dos transgressores da lei. Impressionante esse ponto de vista, partindo de uma pessoa que deveria estar preocupada em promover ações mais efetivas para combater a violência no Estado, e não ficar servindo de servo para os interesses de concessionárias que estão explorando (explorando mesmo!) os usuários das rodovias do Paraná.
- MARCIO EDUARDO NUNES, Curitiba
Pedágio (2)
Nada mudou, estamos todos vivendo uma verdadeira ditadura branca e estamos chegando ao extremo de não podermos nem mesmo nos manifestar. Qual a função da polícia? Proteger? A quem? O cidadão está muito aquém desta proteção, acho que ela está muito mais para as empresas, para os grupos organizados que roubam nosso Estado chefiados por Lerner, do que para o povo que paga seus impostos, seus salários e dá de comer aos seus próprios filhos. Da mesma forma que agiram contra os caminhoneiros poderiam agir com qualquer um de nós. Até quando vamos nos sujeitar a isto? A resposta deve vir das urnas nesta e nas próximas eleições. Acorda povo do Paraná.
- EDUARDO TOLOMEOTTI, Londrina
Pedágio (3)
Gostaria de saber por que o governador defende tanto as concessionárias responsáveis pelo pedágio, pois nunca está do lado do caminhoneiro e por que desse aumento nas tarifas justamente quando a maioria dos agricultores está colhendo soja. Também gostaria de saber o que as concessionárias fizeram com as tarifas de pedágio que pagamos durante os últimos dois anos já que só agora, depois do aumento, eles estão colocando máquinas e homens nas estradas. Hoje, numa viagem entre Londrina e Curitiba, feita por um automóvel de passeio, gasta-se em torno de 50% a mais por causa dos pedágios. É uma vergonha ou é uma roubalheira?
- SERGIO SILVA, Londrina
Concurso
Sobre a notícia Técnicos analisam suspeita de fraude em concurso da Civil, publicada dia 28: não acredito que após um processo tão rigoroso (7 fases), e uma espera que quase chega a 3 anos, com milhares de pessoas gastando com inscrição (quase 25.000 candidatos), cursinhos preparatórios e tudo isso não valeu para nada. E pior, justamente agora que o Paraná precisa desse reforço na Polícia Civil. É preciso uma investigação rigorosa.
- RONALDO CAMPOS, Londrina
Mínimo (1)
Com o nosso salário mínimo não se compra nem o básico para uma pessoa. Quem diria para uma família de quatro pessoas, que ainda é a média do brasileiro? Gostaria que o presidente FHC visitasse um supermercado ou feira livre e fizesse provisões para 30 dias (não 31). O que sobraria para comprar roupa, pagar aluguel, água e luz? Sobraria dinheiro para o lazer? Realmente o nosso salário mínimo é uma vergonha. Enquanto eles (os políticos) discutem qual será o aumento (jeton), auxílio-paletó, moradia e outros auxílios, porque não se pensa em fazer uma devassa nos maus políticos que acham nosso País?
- DANIEL ASSIS, Cornélio Procópio
Mínimo (2)
Insensibilidade social ou impossibilidade fiscal? FHC tem ódio dos mais pobres (especialmente dos aposentados) ou está protegendo-os de um mal maior (a volta da inflação)? Ainda que, de forma simplista, os partidos oposicionistas batam na primeira tecla e os governistas que (ainda) defendem FHC argumentem a segunda hipótese, o fato é que nenhuma dessas duas explicações procede. Nem FHC tem ojeriza pelo povo, nem é o grande responsável pela semi-estabilidade até aqui apresentada pelo real.
O que se lê nas entrelinhas desse ridículo aumento do mínimo é exatamente a impotência de um governo maculado pela intensidade com que se vendeu ao capital externo. Ao seguir com fidelidade canina toda a cartilha entreguista do neoliberalismo em troca de dois mandatos para satisfazer sua enorme vaidade FHC selou seu destino, tornando-se refém daquilo que ajudou a criar. Fosse ele senador, certamente, estaria na tribuna defendendo um aumento melhor para o mínimo. Como presidente, não tem outro remédio a não ser confessar indiretamente que o FMI manda neste país. Triste sina a nossa: sermos governados de fato por uma instituição financeira aliada às multinacionais e, pior, endossada por parte de nossa elite em especial alguns grandes órgãos de comunicação. É o preço que todos pagamos por estarmos ainda na pré-adolescência de nossa democracia.
- TÉRCIO TOKANO, Rolândia
Greve
O direito de protestar é característico das democracias e apoio a demonstração pública das opiniões. Infelizmente, quando muitas pessoas têm a mesma opinião, descaracterizam o alvo de seu protesto, prejudicando alguém que não tem poder de decisão neste campo.
Eu sou estudante da UEL e penso ser um absurdo ter impedido o meu direito de estudar por um protesto público! Estamos estudando justamente para melhorar as condições de todos no Brasil e até no mundo. Portanto, ao alvejar os alunos, o tiro sai pela culatra! No dia 30/3/2000 tive todas as aulas e tenho orgulho de meus professores, por mostrarem sua personalidade e profissionalismo.
- DANIEL J. STIFFT, Londrina
Informática
Falar sobre backup, e direcionar a responsabilidade aos administradores é fácil (Backup evita catástrofes, Folha Informática de 20/3). Ocorre que hoje, cerca de 70% a 80% dos usuários não sabem, ou fazem erroneamente seus backups. Os controles de backups externos em discos diários (par e ímpar), o acréscimo de discos semanais que se tornarão mensais é vital para um bom controle.
- WILLIAM ANTONIO ZACARIOTTO, Mogi Guaçu (SP)
Correção Por erro de digitação, título da matéria sobre o balanço da Telepar saiu incorreto na edição de ontem da Folha Economia. O prejuízo da empresa em 1999 foi de R$ 45,8 milhões, como informa corretamente o texto.
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