O leitor escreve





Jornalismo competente
A reportagem publicada na Folha de Londrina/Folha do Paraná sobre os depoimentos de Eduardo Alonso (ex-diretor da Comurb) é algo impressionante. Normalmente uma cobertura jornalística procura explorar ao máximo o sensacionalismo e a desgraça que se abate sobre o réu e seus comparsas. Diferenciando-se de outros órgãos de comunicação, sua equipe de jornalistas não só obteve depoimento de Eduardo Alonso, como deu amplo espaço para defesa das pessoas citadas em seu depoimento, dando um banho de jornalismo sério e competente.
Cabe pequeno comentário sobre o tema principal, o de que nossa cidade foi tomada de assalto por uma quadrilha, e que graças a Deus e pelo teor da entrevista feita com Eduardo Alonso, que por amor a sua família e temor, volta-se contra o chefe maior e o denuncia com provas suficientes, para cassar o prefeito Antonio Belinati. Deixaremos que Londrina, Câmara de Vereadores e a sociedade civil promovam um grande debate sobre a bandalheira, e é claro com a cobertura decente deste jornal.
- JOEL GARCIA, consultor de empresas, Londrina
Fórum dos Usuários
Quero elogiar a idéia do superintendente da Folha, José Eduardo Andrade Vieira, sobre o Fórum dos Usuários das Rodovias do Paraná. No entanto, gostaria que ficasse claro que a questão não é o preço, mas a maneira como foram negociadas as concessões. É mentira absurda do governador quando diz estar defendendo a população contra os aumentos infundados. Mas a questão também é o contrato assinado com as concessionárias. Posso até aceitar as privatizações, mas como brasileiro, paranaense e contribuinte, não posso aceitar que um homem que foi eleito pelo povo, faça concessões prejudicando um Estado como o nosso.
É bom que o povo saiba que não há garantia alguma de ‘‘reconstrução’’ das rodovias por estas empresas. Lógico, a nossa lei permite que uma empresa peça autofalência, ou até mesmo uma falência pedida por qualquer credor. Aí os paranaenses ficarão a chupar os dedos, enquanto o seu rico dinheirinho estará nas mãos dos ladinos. Da forma que as coisas estão andando, não será nenhuma surpresa se o nosso governador, quando no auge das cobranças das obras, pedir falência destas empresas e ainda falar ao povo: eu não admito que estas empresas lesem o meu povo paranaense.
- ADEMIR DA SILVA JUNQUEIRA, Londrina
NR. A proposta do Fórum é exatamente a que defende o leitor: discutir o assunto com amplitude, estadual e nacional, não se limitando apenas à questão do pedágio.
Desarmamento
A lei de desarmamento civil que o governo federal – com apoio da ONU, ONG’s internacionais e imprensa – tentou enfiar goela abaixo dos cidadãos honestos deste País, está prestes a receber uma pá de cal. A desculpa apresentada pelo governo e aceita por uma parcela menos esclarecida da sociedade, é a do fortíssimo lobby das indústrias de armas de fogo. Isso é pura invenção, mentira.
Na realidade, o que o governo não contava é com uma pequena parcela de cidadãos que não se calaram e se fizeram ouvir no Congresso. Quando digo pequena, é pequena mesmo, não mais que 50 pessoas. Essa foi a pulga na orelha do elefante. Pessoas combativas e que tinham algumas coisas que o governo não tinha: razões e argumentos. Quando me refiro a razões falo nas honestas, nas verdadeiras e não nas razões importadas e inventadas que o governo utilizou (no caso).
Através de mensagens eletrônicas, cartas e telefonemas para o Senado, Câmara dos Deputados, jornais e emissoras de rádio e TV, essa pulga se fez ouvir. Ganhou pequenos e valiosos espaços. Senadores e deputados pediram mais detalhes, mais informações e aos poucos foram se conscientizando das dimensões do absurdo da lei proposta. O elefante branco está próximo de tombar, não perante um disparo de fuzil do imaginário lobby armamentista, mas sim das pequenas picadas de uma pulga que muitos chamaram de insignificante...
- BENEDITO G. BARBOSA JR., São Paulo
Esclarecimento
Em respeito aos leitores da Folha de Londrina/Folha do Paraná, que acompanham minha vida pública, esclareço ao afanoso Gláudio Renato de Lima, que jamais estive envolvido em agressões a algum trabalhador, como ele imputa (em carta nesta seção). Se agressões existiram, foram praticadas por pessoas que estavam ao meu lado no Estádio do Café (NR: Episódio em que oficiais de Justiça foram abordar o remetente), que nem cheguei a ver. Aliás, é só perguntar aos agredidos e fica mais fácil.
Quanto a devolução do 13º salário, espero, sim, a decisão da Justiça e vou doá-lo integralmente a entidades assistenciais de Londrina, porque dele não necessito, sendo fácil mensurar. No entanto, sugiro a Gláudio – que preside o Sindicato dos Funcionários da Prefeitura de Londrina – que deixe de se preocupar comigo – pois de longa data me cuida – que se dispa a sua roupa de vestal e policie a roubalheira do dinheiro público praticado embaixo da rala barba que possui.
- MOYSÉS LEÔNIDAS, deputado estadual, Londrina
Crea
No dia 22 de janeiro, a Folha de Londrina/Folha do Paraná, no caderno de Política (Coluna Cláudio Humberto) publicou uma nota tratando a taxa de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) como inútil, mas lucrativa. Embora o texto tenha se referido a todos os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, o CREA-PR gostaria de esclarecer que o valor citado está muito distante da realidade. O valor bruto das ARTs arrecadado por este Conselho em 1999 foi de R$ 8.371.115,05. Desse valor, 20% destina-se à Mútua de Assistência e 12% ao Confea, por força da Lei, restando ao CREA-PR o valor líquido de R$ 5.692.358,20. Os recursos provenientes da ART, além de cobrir os custos da atividade-fim do Conselho, a fiscalização de obras ou serviços para garantia da segurança da sociedade, são destinados também a programas que envolvem toda a sociedade, como Segurança no Trabalho, Campo Fácil e Casa Fácil, este inclusive já beneficiou 600 mil pessoas no Paraná.
- LEOPOLDO CURTINETO, superintendente, Curitiba
Nota do jornalista Cláudio Humberto Recebi a mensagem que enviaram por fax, sem indicação de remetente, a propósito da nota ‘‘CREA: lobby poderoso’’, de 22 de janeiro. Cumpre-me esclarecer que a nota foi motivada, de fato, por reclamações de profissionais paranaenses, mas acabou tomando dimensão nacional. Como se pode notar com sua releitura, o texto não faz alusão apenas ao Paraná e os valores citados representam a receita dos CREAs em todo o País, segundo dados obtidos junto à entidade federal e aos parlamentares envolvidos com o projeto – encalhado – que prevê a extinção da ARTs, por inútil e dispendiosa.
Correção
- O laboratório da Unimed fechado no Oeste do Estado fica em Medianeira, e não em Foz do Iguaçu, como informou título da reportagem publicada na edição de ontem (página 8 do Primeiro Caderno)
- A Escola Centro Social Marista, instituição particular que atende crianças carentes, fica em Cascavel, e não em Campo Mourão, como foi publicado incorretamente ontem na primeira página do jornal.
- As cartas devem ser datilografadas e assinadas e vir acompanhadas da fotocópia de documento de identidade, endereço e telefone para contato e profissão/ocupação do remetente. O jornal poderá resumi-las conforme disponibilidade de espaço. Correspondência via Internet deve conter: nome completo, cidade de origem, telefone, documento de identidade e endereço eletrônico e profissão/ocupação. E-mail Folha do Paraná/Folha de Londrina: [email protected]