O leitor escreve
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 03 de fevereiro de 2000
O leitor escreve
Fórum das Rodovias
Prezado sr. José Eduardo Andrade Vieira: tomamos conhecimento de seu artigo sobre o Fórum dos Usuários das Rodovias, que foi publicado na Folha de Londrina/Folha do Paraná do dia 19. Desejamos congratulá-lo por ter expressado tão consistentemente aquilo que vimos pensando. Queremos levar ao seu conhecimento que o artigo em questão foi lido e analisado na reunião do Partido Popular Socialista (PPS) desta data, tendo sido aprovado, por unanimidade, a inclusão do conteúdo de seu artigo em nossa ata. Apesar de pertencermos a partidos diferentes, não podemos deixar de apoiar atitudes e atos que possam melhorar o dia-a-dia de nossa coletividade. Receba nossos cumprimentos e também nosso apoio, a qualquer iniciativa que venha a ser tomada, em relação ao conteúdo de seu artigo acima referido.
- DALCY MENDES SANTOS, presidente da Comissão Provisória do PPS em Londrina
NR: O superintendente José Eduardo Andrade Vieira agradece o apoio e informa que não está filiado a nenhum partido.
Pedágio (1)
A Econorte tem se mantido afastada da polêmica que se instalou na seção de cartas por entender que se trata de um espaço legítimo para a manifestação da opinião dos leitores, seja esta favorável ou não ao pedágio. Mas quando esta manifestação deixa o campo da livre opinião e vem carregada de desinformação, inverdades e acusações levianas, não podemos deixar que os demais leitores sejam induzidos ao erro.
Se o estudante João Francisco Canevari Jr., que teve a carta publicada ontem nesta seção, tivesse se informado melhor antes de opinar em um jornal, saberia que dos 24 km que ligam as cidades de Londrina a Arapongas, somente 11 km correspondem ao Lote 1, administrado pela Econorte.
Se tivesse boa memória, lembraria também qual era o estado da rodovia (e não das rodovias como ele escreve, já que entre Londrina e Arapongas existe apenas a BR-369) antes do programa de concessões e saberia que os quilômetros administrados pela Econorte no referido trecho foram 100% recapeados; que a precária sinalização horizontal e vertical foi toda refeita e adequada às normas de segurança, inclusive com a implantação de tachas e tachões refletivos; que mesmo sem constar contratualmente no cronograma de obras foi executado o novo trevo de acesso a Cambé, sendo colocado semáforo para evitar atropelamentos; que foram resolvidos problemas críticos de alagamentos na pista, através de constantes desobstruções de bueiros (que sem este trabalho ficariam repletos de entulhos) e da execução de caixas coletoras. E um detalhe importante: a maior parte destas obras foi executada na fase de recuperação emergencial, sem a cobrança de pedágio.
Se o estudante acompanhasse o assunto pela imprensa, saberia que as obras estão suspensas por determinação judicial em função da quebra de contrato feita unilateralmente pelo governo do Estado, mas que apesar disto, continuamos mantendo o trecho nas mesmas condições de segurança, como atestam os nossos usuários e a redução do índice de acidentes. Recentemente, realizamos a contenção do bueiro do km 162, em regime de urgência, evitando sérios transtornos aos nossos usuários (como ocorreu em diversas ocasiões anteriores ao programa de concessões, quando a pista chegava a ser interditada com frequência).
O estudante ainda afirma que há um deputado que consegue passe livre, mostrando sua carteirinha; a acusação é muito séria, mas que evidentemente ele deve ter como provar. Imaginamos que este estudante não seria tão inconsequente a ponto de fazer tamanha denúncia, sem a devida prova.
- DORIVAL PAGANI JÚNIOR, engenheiro civil da Econorte, Londrina
Pedágio (2)
Aquele que exerce o poder de governo deve ser imparcial em favor do interesse público em geral, nunca regionalizado, dentro de um princípio basilar de igualdades e verdade dogmatizada, princípio este, aliás, elevado às alturas constitucionais. A afronta a tais princípios resulta em classificações estéreis, sem valor teórico algum e sem nenhum alcance prático. Hoje, de norte a sul, de leste a oeste, por todos os quadrantes do Estado, há um protesto generalizado daqueles que se submetem ao crivo do pagamento desta malsinada taxa de pedágio de nossas estradas vicinais pavimentadas. E aqui cabe um adágio que transcende décadas: Não é mister que se percorra a terra para saber que o céu é azul. Pouca gente ou quase ninguém observou ainda o fator discricionário na estratégia de implantação das sedes de cobrança pelo uso ou passagem. No interior, as praças foram implantadas em raio de dimensão das sedes não superior em média a 25 km das cidades consideradas pólo ou principais à busca de recursos, vitais ou não, junto ao centro citadino imediato.
- ANTONIO FRANCISCO DA SILVA, advogado, Ibiporã
Pré-Olímpico
Observamos durante os últimos dias diversas manifestações sobre as vaias ao nosso Selecionado Canarinho, nos primeiros jogos do Pré-Olímpico, no Estádio do Café, em Londrina. Gostaria de dizer que as vaias ou os aplausos são manifestações universais, empregadas pelos povos de todos os países, ainda que de maneira diferente, porém sempre com o mesmo objetivo, ou seja: manifestar seu descontentamento ou contentamento com o espetáculo apresentado. Tudo mais que normal, mesmo porque, não é apenas no futebol que presenciamos este tipo de comportamento do povo.
As vaias ou os aplausos são os únicos meios do povão expressar aquilo que sente e que outro meio não existe para ele (povão) que não seja através desta alternativa. O porquê das vaias? Será que não foi culpa da mídia que deu aos nossos jovens um valor ainda não adquirido por eles? Será que não é muita bajulação que dificulta o trabalho dos nossos jovens?
A vaia é benéfica ou atrapalha o rendimento da equipe? Calculo que as vaias no Estádio do Café foram de um benefício sem precedente. A humildade, o espírito de luta, o carisma nato do brasileiro em matéria de futebol e todos os demais atributos foram colocados em campo e tivemos um estádio embandeirado de verde e amarelo e um espetáculo digno de aplausos. Então chegamos à conclusão, que além de ser prerrogativa normal do povo, muitas vezes é um alerta para os falsos aplausos.
- WELLINGTON SAMPAIO, Londrina
Santa Casa
Parabenizo a Irmandade da Santa Casa de Londrina pelo apoio e incentivo dado à criação do Núcleo Infantil de Tratamento de Anomalias Craniofaciais (Nitac), pela excelência e ousadia do trabalho que por aqueles profissionais é desenvolvido nesta cidade tão carente de pessoal capacitado nesta área. No dia 10 de dezembro no ano passado, minha filha Cecília, de 6 anos, foi submetida a uma cirurgia no Nitac, pela qual vinha reivindicando há anos em outros centros e que determinados profissionais relutavam em realizar. Lá os profissionais cuidaram da minha pequena, preterida por muitos por ser portadora de necessidades especiais (delessão do cromossomo 18).
- VÂNIA AUGUSTO PELLICANO, auxiliar de enfermagem, Londrina
- As cartas devem ser datilografadas e assinadas e vir acompanhadas da fotocópia de documento de identidade, endereço e telefone para contato e profissão/ocupação do remetente. O jornal poderá resumi-las conforme disponibilidade de espaço. Correspondência via Internet deve conter: nome completo, cidade de origem, telefone, documento de identidade e endereço eletrônico e profissão/ocupação. E-mail Folha do Paraná/Folha de Londrina: [email protected]